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Mesmo negando faixa livre para carro na Paulista, Haddad diz ter atendido MPE

Mesmo negando faixa livre para carro na Paulista, Haddad diz ter atendido MPE Mesmo negando faixa livre para carro na Paulista, Haddad diz ter atendido MPE Mesmo negando faixa livre para carro na Paulista, Haddad diz ter atendido MPE Mesmo negando faixa livre para carro na Paulista, Haddad diz ter atendido MPE

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou neste sábado, 17, que cumpriu todas as obrigações com o Ministério Público Estadual (MPE) para abrir a Avenida Paulista para pedestres e ciclistas aos domingos, mesmo negando ao órgão faixas livres para o trânsito. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai escoltar os moradores da região em uma velocidade máxima de 10 km/h.

O prefeito, no entanto, voltou afirmar que pode rever a decisão, caso o fechamento da via cause problemas para a região. “A gente tem uma visão de que nós cumprimos todas as demandas do Ministério Público, de estudo de impacto na Avenida Doutor Arnaldo, segurança de pedestre e ciclista”, afirmou Haddad. “Cumprimos as obrigações de prestar os esclarecimentos devidos.”

Ainda de acordo com prefeito, para decidir sobre o fechamento da Avenida Paulista foram consultados comerciantes, diretores de hospitais e clubes sociais da região, além da realização de uma pesquisa de opinião pública. “Deu 64% de aprovação, segundo o Ibope”, disse.

Apesar de afirmar que, até o momento, os eventos teste não trouxeram “desconforto para ninguém” e que não vê “nenhuma contraindicação”, Haddad admite a possibilidade de volta atrás da decisão. “Vamos acompanhar. É uma decisão tão simples, pode ser revertida a qualquer momento. Não dar uma chance para ela é que, na minha opinião, sua um grande prejuízo”, afirmou.

Durante a semana, a Prefeitura e o Ministério Público Estadual trocaram críticas e opiniões divergentes através da imprensa e de ofícios entre os dois órgãos. Haddad anunciou a interdição definitiva do viário aos domingos na manhã da última quinta-feira, 15. O promotor de Habitação e Urbanismo José Fernando Cecchi Junior disse não ter sido avisado sobre a decisão da administração municipal e, como resposta, encaminhou um ofício ao Edifício Matarazzo ameaçando multar a gestão petista em R$ 30 mil e pedindo para Haddad rever a decisão.

O órgão usa como justificativa um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2007 que prevê três interdições por ano na Paulista: na Parada do Orgulho Gay (já realizada em 2015), na Corrida de São Silvestre e nos shows do réveillon. O promotor entende que a Prefeitura já ultrapassou o limite em 2015 porque nas inaugurações das ciclovias da Paulista e da Avenida Bernardino de Campos, a via já tinha sido interditada.

Em resposta, a Prefeitura encaminhou um documento para o promotor agradecendo o diálogo, reafirmando o fechamento como “política pública” de mobilidade e lazer e convidando os promotores para o evento deste domingo.