
O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, retorna ao Estado nesta segunda-feira (16) para uma reunião de trabalho com o governador Paulo Hartung e equipe para acompanhar os trabalhos desenvolvidos pelo Governo Federal no Estado e discutir com especialistas e autoridades locais o andamento das medidas para amenizar os impactos da passagem da lama de dejetos que castiga o Rio Doce. Essa será a terceira visita do ministro ao Espírito Santo nos últimos seis dias.
Entre os temas da reunião estão medidas que possibilitem a criação de um sistema alternativo para fornecimento de água aos moradores dos municípios de Colatina e Baixo Guandu; a criação de uma frota de carros-pipa; a perfuração de poços artesianos e a utilização de adutoras com engate rápido. A presença e atuação do Exército Brasileiro também será tema da pauta.
O encontro acontecerá na Residência Oficial do Governo, na Praia da Costa, em Vila Velha. Após a reunião, Gilberto Occhi fará um sobre voo no Rio Doce e seguirá para sede do Serviço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental (Sanear), em Colatina.
Ações
Desde que as barragens romperam em Mariana (MG) no dia 5 de novembro, uma série de ações preventivas foram adotadas para minimizar os impactos da lama na calha do Rio Doce em território capixaba. Desde o dia 6 de novembro, os secretários João Coser, de Desenvolvimento Urbano, Rodrigo Júdice, de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o diretor-presidente da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), Paulo Renato Paim, têm permanecido em Colatina, onde foi montada uma base operacional da Defesa Civil Estadual.
E nesse sábado (14) o governador Paulo Hartung assinou decreto criando o Comitê Gestor da Crise Ambiental na Bacia do Rio Doce, que será publicado nesta segunda-feira (16), no Diário Oficial, mas as atividades do grupo já começaram.
O objetivo é acompanhar as ações de socorro, assistência, resposta e mitigação ao desastre, bem como para reestabelecimento dos serviços afetados, de recuperação dos ecossistemas e de reconstrução por conta da lama de rejeitos. O Comitê irá atuar como uma força-tarefa do Estado e será vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama). Este grupo deve ainda agir em cooperação com órgãos e entidades do poder público municipal, estadual e federal.