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Ministro do Exterior da China nega violações de direitos após críticas

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O ministro do Exterior da China defendeu os campos de detenção do país em Xinjiang e a nova lei de segurança de Hong Kong neste domingo, afastando preocupações com direitos humanos por parte de países europeus e advertendo contra a interferência em assuntos chineses.

O ministro Wang Yi está no seu primeiro tour na Europa desde o início da pandemia do coronavírus, buscando reviver o comércio e as relações desgastados pela crise econômica e de saúde.

Falando em Paris neste domingo, 30, Wang repetiu a afirmação de que todos os enviados a centros e reeducação em Xinjiang foram liberados e empregados – mesmo que grupos de defesa de direitos humanos e famílias relatem que as detenções dos muçulmanos uigures da região continuem.

“Os direitos de todos os trainees dos programas de educação e treinamento, mesmo que suas mentes tenham sido invadidas pelo terrorismo e extremismo, foram totalmente garantidos”, ele disse em uma conferência no Instituto de Relações Internacionais da França. “Agora todos eles se graduaram, não há nenhum no centro de educação e treinamento. Todos eles encontraram empregos.”

Estima-se que o governo chinês tenha prendido um milhão ou mais membros de minorias étnicas turcas em Xinjiang, mantendo-os em campos e prisões onde são sujeitos a disciplina ideológica, forçados a denunciar sua religião e língua e vítimas de agressões físicas. A China suspeita que os uigures, que são na sua maioria muçulmanos, têm tendências separatistas por causa de sua cultura, língua e religião.

Perguntado sobre a lei de segurança de Hong Kong, Wang disse: “nós certamente não poderíamos aguardar e deixar o caos tomar conta, então passamos uma lei mantendo a segurança nacional que especificamente se adequasse à situação de Hong Kong.”

A lei é vista por muitos como a jogada mais audaciosa de Pequim no sentido de colocar abaixo as barreiras legais entre o território semiautônomo de Hong Kong e a autoridade do Partido Comunista. Wang classificou ambos os assuntos como internos à China e disse que potências internacionais não devem intervir.

Na sexta-feira, o presidente francês Emmanuel Macron expressou ao ministro do Exterior chinês “sua grande preocupação com a situação em Honk Kong, e com os direitos humanos, em especial dos uigures, e a necessidade de a China respeitar seus compromissos internacionais”, de acordo com o gabinete de Macron.