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Moradores reclamam que não foram avisados de passagem de blocos

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Moradores de áreas residenciais de bairros de São Paulo, como Ipiranga, na zona sul, e Butantã, na zona oeste, reclamam que não foram avisados sobre a passagem de blocos de carnaval pelas suas ruas. Afirmam que os desfiles causaram transtornos que poderiam ter sido evitados se a comunicação fosse realizada com antecedência.

No Ipiranga, por exemplo, a queixa é de que em apenas algumas ruas do bairro foram colocadas faixas com avisos sobre a passagem de blocos. Já no Butantã, moradores relatam que só ficaram sabendo sobre os desfiles quando árvores começaram a ser cortadas e parte dos buracos das ruas, tapada.

No Butantã, moradores das Ruas Estevão Lopes e Gaspar Moreira reclamaram da passagem de um bloco no sábado de carnaval. “Tenho um cachorro epilético e filho pequeno. Gostaria de ter sido avisada para poder tirar pelo menos meu carro da garagem”, diz a psicóloga Anna Carolina Dias Kolhy, que mora numa casa na Gaspar Moreira há 26 anos.

A desconfiança dos moradores de que havia algo diferente no bairro começou na sexta-feira, com a chegada de funcionários da Prefeitura.

“Eles fizeram isso, de podar as árvores, porque senão o trio elétrico teria problemas para passar. A rua está com buracos há muito tempo, mas vieram tapar por causa de blocos? Dá uma sensação de desrespeito com a vizinhança”, diz Adriana Magalhães, cantora lírica que vive na Estevão Lopes há 50 anos.”Aqui é uma rua de família. Colocaram todos os banheiros químicos na frente da nossa casa. Meus pais são idosos e têm Alzheimer. Às 8h30, na hora em que começaram a fechar a rua, corri para tirar o carro”, diz Adriana. “Ninguém é contra o carnaval. Existem bloquinhos, como o da Poli (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), que desfilam aqui já faz tempo, mas nós sempre soubemos. E também são menores, sem trio elétrico.”

A Secretaria Municipal das Subprefeituras informou que usou o mapa dos trajetos para definir a infraestrutura necessária para os desfiles programados pelos blocos.

O plano de ação envolveu reuniões de planejamento com as 32 subprefeituras e os trajetos definidos pelos blocos, com a Secretaria da Cultura, foram validados pela administração municipal, em conjunto com Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), além de PM e Guarda Civil Metropolitana.

Também informou que todos os trajetos passaram por ações de zeladoria, como podas e remoção de árvores, tapa-buraco, revisão nas calçadas e outras situações que poderiam atrapalhar o fluxo de foliões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.