O empresário Emídio Pais, dono de uma loja de materiais de construção e acabamentos do Espírito Santo, morreu, aos 88 anos, na noite da última segunda-feira (18), às 22 horas.
De acordo com informações passadas pelo neto de Emídio, o velório está marcado para começar às 11 horas na capela do cemitério de Santo Antônio, em Vitória, e o sepultamento será às 16 horas.
Em uma página oficial da loja no Facebook, um comunicado sobre o falecimento foi publicado na manhã desta terça-feira (19).
Sobre Emídio
Emídio Pais veio de Portugal para o Brasil em 1952. Com 22 anos, Emídio se instalou em Vitória, onde começou a trabalhar com seu tio Antônio Francisco Pais, que era dono de uma fábrica de ladrilho e de uma loja de ferragens. Lá, desempenhou diversas funções, de limpeza de fossa a carregador, para pagar 10 mil cruzeiros ao tio, que havia financiado sua viagem.
Após quitar a dívida, Emidio trabalhou até surgir a oportunidade de abrir um negócio no ramo de secos e molhados, no Ibes, em Vila Velha. Como o espaço era pequeno, pouco tempo depois Emidio vendeu a loja e voltou para a Praia do Suá, onde construiu um novo ponto comercial. Neste local, além do comércio de materiais de construção, também havia um magazine, considerado o segundo maior do Estado, onde eram vendidos produtos diversos como móveis, brinquedos, instrumentos musicais e roupas, entre outros.
Segundo informações publicadas no site oficial da loja, em 1971, uma enchente destruiu parte do estabelecimento, bem como do estoque. Emidio se reergueu, adquiriu um depósito, onde a loja funciona hoje em dia, que também funcionava como uma filial. Quando a venda neste depósito equiparou-se à da matriz, Emidio desativou a antiga loja e transformou a filial no único ponto comercial da empresa.
Em 1981, inaugurou um showroom, algo inovador para o período, onde eram exibidos banheiros totalmente equipados. Com o passar dos anos, Emidio foi tornando a loja cada vez mais especializada em material de construção, extinguindo de vez o magazine, na década de 1980.
“Muitas pessoas veem a nossa loja e não fazem ideia dos obstáculos que tivemos que enfrentar. Trabalhei como pedreiro, limpador de fossa, ajudante de caminhão, entre outras tarefas pesadas, até conseguir adquirir a loja. Quando tudo parecia caminhar bem, houve uma enchente, em 1971, que destruiu parte do ponto e do estoque. Sem perder a fé e a vontade de vencer, foquei no trabalho e, hoje, tenho orgulho do patrimônio que eu e minha família construímos.” – Emidio Pais, Fundador.
