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Mortes no Sudão aumentam para 101 com descoberta de 40 corpos no Rio Nilo

Mortes no Sudão aumentam para 101 com descoberta de 40 corpos no Rio Nilo Mortes no Sudão aumentam para 101 com descoberta de 40 corpos no Rio Nilo Mortes no Sudão aumentam para 101 com descoberta de 40 corpos no Rio Nilo Mortes no Sudão aumentam para 101 com descoberta de 40 corpos no Rio Nilo

O Comitê Central de Médicos do Sudão aumentou para 101 o número de mortes após a repressão violenta contra manifestantes contrários a militares que governam o país desde a última segunda-feira, 3. O balanço foi atualizado após relatos de que a milícia Yanyauid, leal ao governo, teria retirado 40 corpos de opositores do Rio Nilo e os levado para um lugar desconhecido.

De acordo com o comitê, milícias ligadas ao conselho transitório continuam a matar e aterrorizar civis em todo o país. A união médica havia informado anteriormente que eles tinham matado 61 pessoas e que outras 326 foram hospitalizadas desde a dissolução de um acampamento de oposicionistas.

O comitê, no entanto, alerta que o número de mortes pode ser maior por conta das restrições violentas de governistas. Os militares assumiram o controle do Sudão após a deposição e prisão do ditador Omar Bashir, em abril. À frente do país por quase 30 anos, ele caiu em meio à pressão de um movimento popular desencadeado em dezembro após o governo triplicar o preço do pão.

O acampamento, instalado em frente à sede das Forças Armadas do Sudão, foi completamente destruído pelos militares, segundo os manifestantes. O acesso à internet e a transmissão via rádio em todo o país foram interrompidos pelos militares.

EUA classifica como abominável a repressão

O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, declarou que a operação da última segunda foi “abominável” e exigiu que o conselho militar facilitasse avança para um governo liderado por civis. O principal organizador do protesto, a Associação de Profissionais do Sudão, convocou uma comissão internacional para investigar as mortes que classificou como um massacre.

Desde segunda, várias companhias aéreas cancelaram voos para Cartum, incluindo a Gulf Air do Bahrein, a FlyDubai e a EgyptAir. (Com agências internacionais)