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MP apura se houve omissão de gestão Haddad em mortes de moradores de rua

MP apura se houve omissão de gestão Haddad em mortes de moradores de rua MP apura se houve omissão de gestão Haddad em mortes de moradores de rua MP apura se houve omissão de gestão Haddad em mortes de moradores de rua MP apura se houve omissão de gestão Haddad em mortes de moradores de rua

São Paulo – A Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual (MPE) vai apurar se houve omissão da Prefeitura de São Paulo em relação à morte de moradores de rua por causa das baixas temperaturas que atingiram a capital. Segundo a Pastoral do Povo de Rua, que pertence à Igreja Católica, ao menos cinco pessoas morreram por causa do frio. A gestão Fernando Haddad (PT) informou que está à disposição do órgão para prestar esclarecimentos.

Um inquérito civil sobre a Operação Frentes Frias, realizada pela gestão municipal quando as temperaturas são inferiores a 13 °C, está sendo conduzido pela promotora Beatriz Helena Budin. A apuração já é realizada pela promotoria desde 2014 e tem como objetivo acompanhar as atividades realizadas pela operação.

“O inquérito civil foi instaurado para acompanhar e investigar as políticas públicas da municipalidade relativas aos serviços prestados à população em situação de rua durante os meses de baixas temperaturas. Os óbitos serão investigados em âmbito criminal, entretanto, no inquérito civil, será apurado se a Prefeitura Municipal deixou de adotar as providências necessárias para evitá-las”, informou a promotora.

A promotoria informou que os dados sobre a edição deste ano da Operação Frentes Frias ainda não foram encaminhados para o órgão pela Prefeitura. “Os dados foram solicitados, entretanto, ainda não decorreu o prazo de resposta da Prefeitura.”

Acolhimento

Em nota, a gestão municipal informou que “está, como sempre esteve, à disposição do Ministério Público para prestar todos os esclarecimentos”. A Prefeitura disse que, atualmente, oferece 11.517 vagas em 79 centros de acolhida e 13 abrigos emergenciais. Disse ainda que cerca de 11 mil pessoas foram acolhidas “nos últimos dias” e que, desde 15 de maio, realizou 250 mil acolhimentos no total.

“Há também nove Núcleos de Convivência e cinco Centros de Referência Especializados para a População em Situação de Ruas [Centros Pop] que funcionam durante o dia, onde são oferecidas refeições, lavagem de roupa e banho, além de orientação a respeito de outras políticas públicas, como retirada de carteira de trabalho e documentação, e capacitações com entidades parceiras.”