Geral

MP pede arquivamento de inquérito contra prefeito no caso Kiss

O inquérito teve início três dias após a tragédia. Segundo a investigação, não foi possível identificar qualquer conduta que tenha sido voltada à obtenção de vantagem patrimonial

MP pede arquivamento de inquérito contra prefeito no caso Kiss MP pede arquivamento de inquérito contra prefeito no caso Kiss MP pede arquivamento de inquérito contra prefeito no caso Kiss MP pede arquivamento de inquérito contra prefeito no caso Kiss
O inquérito teve início três dias após a tragédia que aconteceu em  janeiro de 2013  Foto: ​Fernando Frazão/Agência Brasil

Porto Alegre – O Ministério Público do Rio Grande do Sul pediu o arquivamento do inquérito civil instaurado para investigar expedição de alvarás municipais à boate Kiss. O MP informou que as investigações concluíram que, apesar das falhas administrativas apontadas, não é o caso de responsabilização por improbidade dos agentes públicos municipais. Com isso, se eximem de responsabilidade o prefeito da cidade, César Schirmer, dois secretários municipais e outros dois funcionários da prefeitura, todos citados por improbidade administrativa. O incêndio, em janeiro de 2013, deixou 242 mortos.

O pedido é assinado pela Promotora de Justiça Jocelaine Dutra Pains e foi remetido ao Conselho Superior do Ministério Público. Jocelaine estabeleceu que os investigados em questão não cometeram improbidade, mesmo sendo reconhecida a falta de comunicação entre o setor de cadastro imobiliário, que expediu alvará de localização e o renovou por duas vezes, e a Superintendência de Análise de Projetos e Vistorias, que não autorizou realização de reforma predial no local.

Além do prefeito César Schirmer, a decisão beneficia o secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Miguel Caetano Passini, o fiscal e Superintendente de Fiscalização da Secretaria Municipal de Controle e Mobilidade Urbana, Beloyannes Orengo de Pietro Júnior, o secretário municipal de Proteção Ambiental, Luiz Alberto Carvalho Júnior, e o chefe da Equipe de Cadastro Mobiliário e Imobiliário do Município, Marcus Vinícius Bittencourt Biermann.

O inquérito teve início três dias após a tragédia, em 30 de janeiro de 2013. Segundo a investigação, não foi possível identificar qualquer conduta que tenha sido voltada à obtenção de vantagem patrimonial por qualquer um dos agentes públicos envolvidos nas concessões de licenças.

Ao final da investigação, foi concluído não haver nexo causal entre o que originou o dano (fogo na espuma de isolamento acústico) e as eventuais falhas administrativas ocorridas em razão das “lacunas legislativas existentes à época no município”, salienta a promotora.