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MP vai apurar aumento na conta de quem gasta pouca água em Sumaré (SP)

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Sorocaba – O Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo vai apurar o reajuste na tarifa para quem gasta pouca água, em Sumaré, região de Campinas. O aumento, aplicado pela concessionária do serviço de água, elevou o consumo mínimo de cinco para dez metros cúbicos, fixando a tarifa básica em R$ 31,90. Até então, quem gastava até 5 metros cúbicos por mês pagava R$ 15.

Cinco vereadores assinaram uma representação ao MP por entenderem que a medida, na contramão da crise hídrica, incentiva um maior consumo de água. No documento, eles afirmam que o aumento é abusivo. “A família que tem um consumo baixo terá de pagar pelo que não consumiu, ou seja, ela vai ser punida por estar economizando água”, disse o vereador Geraldo Medeiros da Silva (PT). Em 2014, as represas quase secaram e a cidade conviveu com o racionamento.

A Odebrecht Ambiental, que assumiu o serviço de água, informou que o reajuste estava previsto no edital de licitação, em 2014. O novo modelo de consumo mínimo já é adotado pela maioria dos municípios que compõem as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). A empresa informou que investiu para regularizar o abastecimento em regiões críticas da cidade.

Baixa renda

Em Campinas, o segundo reajuste do ano nas tarifas de água atingiu também a população de menor consumo. O reajuste de 15% que entrará em vigor em meados de agosto, vai incidir sobre a tarifa social, paga pelos moradores de baixa renda, com consumo de até 10 metros cúbicos. Para as 58 mil famílias incluídas na tarifa social por gastarem pouca água, o valor mínimo vai subir de R$ 11,89 para R$ 13,67. O reajuste de 11,98% aplicado nas contas em fevereiro não incidiu sobre essa faixa da população.

A Sanasa, empresa de saneamento do município, alegou que a crise hídrica impactou o caixa da empresa e que sofreu defasagem de 27,32% na tarifa no período de fevereiro a maio de 2015.

Em Limeira, cidade que também enfrentou desabastecimento em 2014, o reajuste de 20,2% – índice acima da inflação -, aplicado em junho, atingiu também a faixa de menor consumo. O valor para as famílias que gastam até 10 metros cúbicos por mês subiu de R$ 25 para R$ 30,5.