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Mudanças no perfil etário do País podem ser vantajosas, diz IBGE

Mudanças no perfil etário do País podem ser vantajosas, diz IBGE Mudanças no perfil etário do País podem ser vantajosas, diz IBGE Mudanças no perfil etário do País podem ser vantajosas, diz IBGE Mudanças no perfil etário do País podem ser vantajosas, diz IBGE

Rio de Janeiro – As mudanças no perfil demográfico brasileiro nas próximas décadas, com progressiva queda da fecundidade e envelhecimento da população, resultam em oportunidades e desafios para o País, aponta publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quarta-feira, 15.

A redução no número de crianças – em 2000, a taxa era de 2,4 filhos por mulher; em 2030, deverá ser de 1,5 – e o aumento do contingente de indivíduos economicamente ativos (de 15 a 64 anos) são duas novas realidades provavelmente vantajosas. Ao passo que o crescimento do volume de idosos é algo que demandará esforços dos governos.

Produzida no escopo das projeções da população do Brasil, divulgadas em 2013, a publicação Mudança demográfica no Brasil no início do século 21: subsídios para as projeções da população do Brasil e das unidades da federação compila oito textos analíticos de pesquisadores da coordenação de população do IBGE, em que são tratados temas como taxas de mortalidade, diferenças regionais e migrações internas e internacionais.

O tema é o processo de transição demográfica por que passa a sociedade brasileira, ou seja, a passagem de cenário com altas taxas de mortalidade e fecundidade para outro em que ambas se encontram em níveis baixos. A consequência é a redistribuição na proporção de crianças, adultos e idosos.

O menor número de crianças permitirá investir na qualidade da educação, o que poderá trazer benefícios a longo prazo. A redução no número de jovens de 15 a 29 anos – em 2000, a faixa era 28,2% da população; em 2030, deverá ser 21% -, resultado da queda da fecundidade, deverá facilitar o acesso ao mercado de trabalho, pois haverá menos concorrência.

O chamado “bônus demográfico”, que deverá ser verificado até 2022 ou 2023, tende a ser proveitoso por se caracterizar pela alta proporção de pessoas produtivas ante os dependentes (crianças e idosos). Em tese, o quadro resultará em desenvolvimento econômico.

“A demografia não vai dizer se o País vai avançar ou não, só indica aos oportunidades”, ressalva o pesquisador Marden Campos, que participou da publicação.

Passado o momento de transição, o contingente de idosos, segmento populacional que mais cresce no Brasil, começará a se fazer significativo. Serão precisos cuidados previdenciários e de saúde. Em 2000, eram 14,2 milhões de idosos; em 2030, o número estimado é 41,5 milhões. Outro desafio é o fluxo de imigrantes, notadamente da América Latina e da África, verificado nos anos 2000.