Geral

'Nenhuma hipótese está descartada', diz Bombeiros sobre incêndio em apartamento

Uma criança de apenas 4 anos morreu após ter sido retirada do local

‘Nenhuma hipótese está descartada’, diz Bombeiros sobre incêndio em apartamento ‘Nenhuma hipótese está descartada’, diz Bombeiros sobre incêndio em apartamento ‘Nenhuma hipótese está descartada’, diz Bombeiros sobre incêndio em apartamento ‘Nenhuma hipótese está descartada’, diz Bombeiros sobre incêndio em apartamento
Foto: Reprodução TV Vitória

Continuam os trabalhos de perícia para apuração das causas do incêndio que resultou na morte de uma criança de 4 anos, na noite de segunda-feira (19), na Praia do Canto, em Vitória. O apartamento onde começaram as chamas continua interditado para a realização dos trabalhos.

De acordo com o major Maurício, do Corpo de Bombeiros, o trabalho da perícia continua e ainda não é possível descartar nenhuma hipótese. “Foi feita a coleta de informações com as testemunhas. Além disso, foram realizadas fotos e das marcas de incêndio para começaram a fazer a coleta de vestígios para a construção das hipóteses e testá-las futuramente. Ainda não foi descartada nenhuma hipótese”, disse.

Os moradores de outras unidades já foram autorizados a retornarem para casa. No entanto, a unidade onde começou o incêndio permanece interditada para os trabalhos de perícia. “O apartamento está isolado para a equipe de perícia e não foi liberado. A Defesa Civil de Vitória esteve na edificação e fez uma análise para ver se houve algum prejuízo na estrutura que possa causar risco em algum outro apartamento. Teoricamente, não existe indícios que apontem para a necessidade de interdição”, explicou o major.

Chamas podem ter começado no quarto

Os agentes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros começaram a perícia na manhã de terça-feira (20). Para tentar localizar a origem do incêndio, fizeram um estudo do trajeto das chamas. De acordo com o capitão Cunha, do Corpo de Bombeiros, a primeira análise apontou que o fogo teve início em um dos quartos da casa, especificamente o que pertencia a proprietária do imóvel.

“Existe uma destruição generalizada em todo o apartamento, a gente consegue perceber o caminho percorrido pela fumaça, os danos provenientes do fogo, obviamente a gente consegue definir uma zona de origem, ou seja, aquele local que se indica que começou o incêndio. A edificação possui três quartos, e exatamente no quarto do meio, que pelas informações que a gente tem, era ocupado pela proprietária do local”, relatou.

A ideia de que as chamas podem ter começado após um curto-circuito foi reforçada pelo síndico do prédio. “Tinha muita fumaça. Conseguiram até abrir a porta, mas estava com muita fumaça. Dizem que foi um curto que deu num ar condicionado e a criança estava dormindo. Parece que havia muita roupa no quarto e isso ajudou o fogo a se alastrar mais ainda”, comentou o síndico Flaubert Fregonassi.

A equipe de reportagem da TV Vitória teve autorização pra entrar no hall do prédio e na garagem. No local, um banheiro foi utilizado para os primeiros socorros antes da chegada dos Bombeiros. As escadas de emergência também foram o acesso dos moradores até o térreo, já que o elevador parou de funcionar por causa do fogo.

O prédio tem seis andares, sendo 24 apartamentos no total. No local, tem moradores que estão há décadas, além de muitos idosos com dificuldade de locomoção. Um cuidado a mais que os bombeiros precisaram ter no momento do resgate.

Após a vistoria o prédio foi liberado para os moradores. A perícia tem prazo de 20 dias para ficar pronta. Os bombeiros também vão apurar porque uma mangueira de combate a incêndio no prédio não funcionou devidamente.

A Defesa Civil de Vitória informou que esteve, na manhã desta terça-feira (20), no prédio em que o apartamento pegou fogo. Durante a vistoria foi constatado que não houve danos à parte estrutural do edifício, porém o apartamento onde houve o princípio de incêndio continuará interditado até que receba as reformas necessárias para a volta dos moradores.

O corpo do menino de 4 anos que não resistiu foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML), em Vitória e liberado nesta terça-feira (20). O restante da família, incluindo o irmãozinho de 6 anos e a babá, não precisaram ser encaminhados ao hospital.