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No Chile, Bachelet nega ter recebido apoio da OAS em campanha eleitoral

No Chile, Bachelet nega ter recebido apoio da OAS em campanha eleitoral No Chile, Bachelet nega ter recebido apoio da OAS em campanha eleitoral No Chile, Bachelet nega ter recebido apoio da OAS em campanha eleitoral No Chile, Bachelet nega ter recebido apoio da OAS em campanha eleitoral

Santiago – A presidente do Chile, Michelle Bachelet, negou nesta quarta-feira que tenha recebido apoio financeiro da construtora brasileira OAS em sua campanha eleitoral de 2013. “No ano passado falei desse mesmo tema quando me consultaram e descartamos isso absolutamente”, afirmou ela. “Não tive nenhuma vinculação com a empresa mencionada.”

Bachelet foi consultada sobre o tema após concluir um informe público sobre os incêndios florestais que consumiram centenas de milhares de hectares de florestas no centro-sul do Chile. Na quarta-feira, a revista Veja informou que o ex-publicitário do Partido dos Trabalhadores (PT) Duda Mendonça teria vinculado Bachelet com a empresa OAS no contexto de uma delação premiada. “Os gastos de campanha foram informados ao SERVEL [Serviço Eleitoral] e foram aprovados”, afirmou ela.

A OAS é investigada no Brasil por corrupção no âmbito da operação Lava Jato. Segundo a Veja, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva viajou ao Chile em novembro de 2013, realizou uma conferência e se reuniu com Bachelet e, no mês seguinte, um grupo econômico integrado pela OAS ganhou uma licitação no país para a construção de uma ponte no extremo sul.

Na época mencionada, Bachelet era candidata à presidência por sua coalizão de centro-esquerda. Ela conseguiu seu segundo mandato após um segundo turno na primeira quinzena de dezembro.

A porta-voz do governo chileno, Paula Narváez, reiterou mais tarde que a campanha da presidente foi devidamente reportada à autoridade eleitoral. “Toda a informação está clara e transparente e, portanto, rechaçamos qualquer tentativa de enlamear essa campanha e vinculá-la a fatos que são completamente especulativos.”

O ex-deputado socialista e ex-candidato presidencial Marco Henríquez-Ominami é questionado judicialmente por usar durante vários meses um jato executivo proporcionado pela OAS para realizar sua campanha eleitoral. Esse empréstimo não havia sido declarado à autoridade eleitoral chilena. Fonte: Associated Press.