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Em entrevista a site, Haddad diz que indicação de Chalita não partiu de Lula

Redação Folha Vitória

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que a indicação de Gabriel Chalita (PMDB) para a Secretaria da Educação não foi indicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o prefeito, ele e Chalita levaram a ideia para Lula e para o presidente do PMDB, Michel Temer. "Não foi indicação do Lula. Aliás, aconteceu o contrário. Chalita e eu comunicamos ao Temer e ao Lula esse desejo. Em se tratando de uma aproximação desta natureza, eu achei de bom tom que o ex-presidente ficasse ciente e opinasse", disse Haddad em entrevista ao site Diário do Centro do Mundo.

Logo após o anúncio da indicação de Chalita, que foi adiantado pelo portal Estadão.com na semana passada, pessoas próximas ao ex-presidente revelaram que Lula costurou o acordo, já prevendo uma dobradinha para 2016.

Com Chalita na vice para sua candidatura de reeleição, Haddad evitaria concorrer contra um nome do PMDB e também a hipótese de a legenda receber a senadora Marta Suplicy - que estaria prestes a deixar o PT e procurando um partido para disputar a Prefeitura.

Questionado sobre as falas polêmicas dadas recentemente por Marta, com fortes críticas ao PT, Haddad disse apenas que iniciou sua carreira no setor público durante a gestão de Marta na Prefeitura e que gosta muito "das pessoas envolvidas" para opinar.

MPL

Ao falar sobre o Movimento Passe Livre (MPL), que organiza uma série de protestos por causa do aumento de tarifas, Haddad disse que o movimento adota uma tática "claramente binária" de "ou levo tudo ou levo nada".

"É possível ampliar os direitos gradualmente. Sem radicalizar", disse o prefeito. "Não esperava essa postura do MPL, sobretudo de pessoas que têm uma bagagem para entender o que é a intolerância. A intolerância não é de esquerda. É um fundamentalismo que eu lamento", completou.

PSDB

Ao comentar sobre a posição da capital paulista no Brasil, Haddad chamou de caipira o partido que é o principal adversário do PT. "Essa crítica do excesso de dependência do governo federal é mais uma amostra do caipirismo que tomou conta do PSDB. O PSDB era um partido antenado com o que acontece no mundo. Hoje é o partido mais caipira do Brasil. Ou melhor, provinciano - porque eu gosto dos caipiras. Lamentável que o PSDB tenha chegado aonde chegou."

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