Para protestar contra machismo, ativistas fazem topless em Ipanema
Rio de Janeiro - Foi realizada nesta terça-feira, 20, a segunda edição do Topless in Rio, que tem como objetivo chamar atenção para o machismo e a falta de liberdade das mulheres que persistem no século XXI. Foi no posto 9, ponto mais famoso da Praia de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, sob o sol do meio-dia.
Sete mulheres posaram de seios de fora e oito apoiaram vestindo uma blusa com uma foto de seios à mostra. Homens também deram seu endosso vestindo a camiseta. Cerca de 40 pessoas, a maioria homens e adolescentes, assistiram e tiraram fotos. Muitos fizeram comentários machistas, que foram ignorados.
"Não fazemos isso para que o topless vire moda. Isso não acontece do dia para a noite. É para questionar, desnudar as hipocrisias", disse a organizadora, a produtora cultural e jornalista Ana Paula Nogueira.
O turista norte-americano Kevin Ridgely, de 50 anos, vestiu a camiseta para mostrar repúdio ao cerceamento da liberdade feminina: "No mundo todo, ninguém consegue entender por que no Rio não se pode fazer topless."
De seios de fora, a cantora de funk Renata Frisson, a Mulher Melão (apelido derivado do tamanho dos seios), foi criticada pelo público feminino presente por "querer aparecer", mas disse que não se importa com críticas. "Peito é tabu e tem que ser liberado. Faço o que tenho vontade", afirmou a Mulher Melão.