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Autoridade de direitos humanos da Colômbia renuncia após acusação de assédio

Redação Folha Vitória

Bogotá - O defensor do Povo da Colômbia, Jorge Armando Otálora, renunciou ao posto na noite de quarta-feira, após nos últimos dias se ver envolvido em um escândalo de suposto assédio sexual. A permanência dele no cargo era insustentável, após quase todos os setores políticos do país pedirem que ele deixasse a função.

No domingo passado, a revista Semana publicou que Astrid Helena Cristancho, ex-secretária pessoal de Otálora na Defensoria, havia sido vítima de assédio sexual do chefe. Apesar da demissão, Otálora, de 49 anos, afirma ser inocente e disse que manteve um relacionamento amoroso com Astrid por mais de um ano. Ex-rainha da beleza do Departamento (Estado) de Cundinamarca, Astrid negou o romance e disse que denunciará o ex-chefe penal e disciplinarmente.

Em setembro de 2015, Otálora foi acusado pela imprensa de maltratar verbalmente seus subalternos. Uma das que se queixaram na ocasião desse problema foi Astrid.

A Procuradoria, que na Colômbia investiga disciplinarmente os funcionários públicos, anunciou nesta segunda-feira uma apuração prévia envolvendo Otálora por assédio moral no ambiente laboral. A Promotoria, por sua vez, comentou que analisa o caso para eventualmente adotar decisões penais.

A Defensoria do Povo é uma das instituições mais importantes da Colômbia e tem como missão velar pela defesa dos direitos humanos. Antes dos escândalos, a opinião pública e a imprensa destacavam positivamente a gestão de Otálora, que anos atrás foi também vice-promotor-geral e magistrado do Conselho Superior da Judicatura do país. Fonte: Associated Press.

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