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Em crise, RJ abre mão do camarote no Sambódromo

Redação Folha Vitória

Rio - Afundado em grave crise econômica causada pela queda na arrecadação de royalties do petróleo e de ICMS, o governo do Estado do Rio abriu mão este ano do camarote no Sambódromo, onde ocorre o tradicional desfile das escolas de samba. Com capacidade para 120 pessoas, o camarote, no passado, recebeu políticos das mais variadas tendências e estrelas internacionais, como a cantora Madonna. A assessoria do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) informou que o Estado comunicou à prefeitura, responsável pelo Sambódromo, que não utilizará o espaço, que reúne cinco camarotes de 24 lugares.

O camarote está à venda pela Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), administradora dos desfiles das escolas. Localizado no setor 9B, o camarote até 2015 reservado para o Estado fica ao lado do camarote da prefeitura, no setor 11. Nos oito carnavais da gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), entre 2007 e 2014, o camarote teve grande movimentação. Em 2010, recebeu na mesma noite a cantora Madonna e a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que em outubro daquele ano seria eleita sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula esteve no camarote em 2009, também com Cabral como anfitrião.

Mesmo durante os governos de Anthony Garotinho (1999 a 2002) e Rosinha Garotinho (2003 a 2007), evangélicos, o camarote do Estado recebeu muitos convidados, embora a animação fosse moderada e, em alguns anos, bebidas alcoólicas tenham sido proibidas. Em 2002, Garotinho não foi ao Sambódromo no desfile das escolas de samba e viajou com a família. A anfitriã foi a vice-governadora Benedita da Silva, também evangélica e pouco afeita ao carnaval. Sem saber como cobrir o déficit R$ 14 bilhões estimados para 2016 e obrigado pela Justiça a pagar sem atrasos os salários dos servidores, Pezão também ficará longe da avenida neste carnaval de 2016.

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