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Líder de partido polonês deve repreender Merkel durante visita a Varsóvia

Redação Folha Vitória

Varsóvia - O político mais poderoso da Polônia disse hoje que vai falar à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que ela tem alguma responsabilidade pelo o que ele vê como uma opinião crítica e danosa da mídia alemã sobre o seu país.

Jaroslaw Kaczynski, líder do partido da situação, espera encontrar Merkel quando ela realizar uma visita à Varsóvia, no dia 7 de fevereiro, para se reunir com a primeira-ministra polonesa, Beata Szydlo.

Kaczynski apoia uma maior independência de seu país dentro da União Europeia e o aumento do status polonês internacionalmente. O partido Lei e Justiça assumiu o poder no fim de 2015.

Em uma entrevista concedida à Radio Szczecin, nesta segunda-feira, Kaczynski disse que acha "muito preocupante" que a imprensa alemã critique a vizinha Polônia. Ele considera que a mídia é "leal" ao governo de Merkel, a quem credita parte da responsabilidade pelas críticas.

"Eu vou ter que dizer à chanceler que a Alemanha deve decidir que tipo de relações quer ter com a Polônia, porque não se pode atacar a Polônia, questionar a sua reputação e ao mesmo tempo esperar que as relações bilaterais sejam boas", disse.

O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, disse a repórteres em Berlim que a Alemanha queria manter uma relação "muito boa e próxima" com a Polônia, mas que isso requer que se "fale um com outro, e não um do outro".

Ele ressaltou que a "liberdade de imprensa é uma parte importante" dos valores europeus que a Alemanha compartilha.

O maior jornal alemão, o Frankfurter Allgemeine Zeitung, disse no dia 2 de janeiro que a Polônia é um problema porque o governo está buscando seus próprios valores e submetendo os órgãos do Estado a seus objetivos. O jornal previu que as relações entre os países ficariam cada vez mais difíceis.

Kaczynski disse que a conversa também focaria nas negociações com o Reino Unido sobre os termos do Brexit. Ele afirmou que a Polônia quer que os britânicos permaneçam o mais próximo possível do clube e eventualmente volte a fazer parte da UE. Ele acredita que seu país pode executar um papel importante nas negociações. Fonte: Associated Press.

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