Estado oferece R$ 50 mil por denúncias sobre atirador que matou Arthur
São Paulo - A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 5, que pagará até R$ 50 mil para quem fornecer informações que levem à identificação do autor do disparo que matou o menino Arthur Aparecido Bencid Silva, de 5 anos, na madrugada do ano-novo no Campo Limpo, na zona sul da capital paulista.
Nesta quinta-feira, 4, o exame balístico realizado pelo Instituto Criminalística de São Paulo constatou que o projétil que atingiu e matou a criança não tem relação com a arma apreendida de um homem que era considerado suspeito. Assim, a polícia descartou a participação dele no crime.
A SSP explicou que o valor oferecido é o máximo permitido pelo programa de recompensas da pasta, criado em 2014. A denúncia pode ser feita diretamente à autoridade policial por e-mail, carta, telefone ou pessoalmente; via Disque Denúncia, pelo telefone 181; ou pela internet, através do Web Denúncia.
De acordo com a secretaria, a prova de uma denúncia eficaz será feita por meio de relatório, apreciado pelo secretário estadual Mágino Alves Barbosa Filho, que analisará o grau de eficiência e fixará o valor a ser pago. Essa quantia poderá contemplar mais de uma denúncia.
Caso
Arthur morreu depois de ser atingido por uma bala perdida na cabeça durante a queima de fogos no réveillon. Ele brincava no quintal da casa da família, quando caiu subitamente. Só depois de exames, os pais perceberam que um projétil de arma de fogo o havia atingido.
O laudo necroscópico apontou que o menino foi vítima de uma bala de calibre 38 que perfurou a parte superior do seu crânio. O projétil ficou alojado na região da nuca. A principal hipótese investigada pela Polícia Civil é de que o disparo tenha sido feito para cima durante as comemorações do ano-novo.
Em publicações no Facebook, familiares relataram que tentaram buscar vaga para Arthur em vários hospitais durante toda a madrugada do dia 1º, sem sucesso. Ele estava em estado gravíssimo e precisava ser atendido em uma unidade de terapia intensiva (UTI) infantil. A internação em um leito especializado só foi possível às 7 horas, no Hospital Geral de Pirajuçara, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
O caso é investigado pelo 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi).