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Vacina contra febre amarela está disponível na Policlínica de Guaçuí

O município tem à disposição a vacina contra febre amarela somente para as pessoas que ainda não foram imunizadas

Guaçuí, assim como todos os municípios capixabas e de outros Estados da região sudeste, está dentro da Área com recomendação de vacinação (ACRV) contra a febre amarela, conforme Nota Informativa Nº 118-SEI/2017, do Ministério da Saúde, de 30 de novembro do ano passado. 

Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde informou que tem mantido o estoque de vacina contra a doença que está à disposição das pessoas que ainda não foram vacinadas. Aquelas que já tomaram a vacina não precisam mais ser imunizadas, já que a recomendação é de apenas uma dose.

Conforme explicou o coordenador de Atenção Primária à Saúde (APS) do município, Werton dos Santos Cardoso, a vacina contra a febre amarela está entre as vacinas de rotina, a partir dos 9 meses de idade, e se encontra disponível na Policlína, que fica ao lado do Pronto Socorro Municipal. “A vacina está disponível e as pessoas podem procurar no horário entre 7h30 e 11 horas da manhã e das 13 às 17 horas”, disse o coordenador.

Ainda de acordo com Cardoso, é importante ressaltar que a vacina está disponível e se faz necessária para quem ainda não foi imunizado. “Quanto ás pessoas que já tomaram a vacina, inclusive na época da campanha em decorrência dos casos registrados na região, quando se divulgou que seria necessária outra dose, a informação agora é de que só vai ser necessária uma dose, então, quem se vacinou não precisa tomar a vacina mais, desde que tenha o cartão com essa confirmação, pois sem ele, para o Ministério da Saúde, a pessoa é considerada não imunizada”, esclareceu. 

A vacina também se faz necessária para os turistas que estão visitando a região, principalmente aqueles que venham de áreas sem recomendação de vacinação (ASRV), já que provavelmente não foram imunizadas.

Conforme a nota informativa do Ministério da Saúde, que atualizou as áreas de recomendação para vacinação contra a febre amarela, a doença é endêmica na Região Amazônica, mas nas últimas décadas, foi registrada uma expansão da área de circulação viral nas proximidades das grandes capitais metropolitanas, incluindo as regiões Sudeste e Sul do Brasil. 

“Em virtude da expansão da área de circulação viral, houve a necessidade de ampliação da área com recomendação de vacinação, integrada às ações de vigilância, prevenção e controle, com vistas a reduzir a incidência da doença”, destacou a nota. E nesta área, estão todos os municípios do Espírito Santo, incluindo Guaçuí.

Segundo o Boletim Epidemiológico n°28/2017 publicado pelo Ministério da Saúde, durante o surto recente entre dezembro de 2016 e julho de 2017, foram notificados 3.564 casos suspeitos de febre amarela silvestre e a maior parte deles ocorreu nos estados da região Sudeste do país. Desses, 777 (21,8%) foram confirmados, 2.270 (63,7%) descartados, 213 (6,0%) permanecem em investigação e 304 (8,5%) foram considerados inconclusivos até o momento. Também foi observada uma súbita disseminação em áreas urbanas com elevado contingente populacional e aumento da gravidade clínica, com taxa de letalidade (morte) de 33,6%.

A doença

De acordo com a prefeitura do município, não há motivo para alarme e nem casos sendo registrados no Espírito Santo. Atualmente, tem surgido casos no Estado de São Paulo. Contudo, é sempre importante se prevenir e a única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença. 

A vacina é gratuita e está disponível em qualquer época do ano. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença e também a partir dos 9 meses de idade, principalmente, nas áreas com recomendação de vacinação. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.

A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), de gravidade variável, causada pelo vírus RNA – Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, que é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A transmissão de pessoa para pessoa não existe. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

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