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VÍDEO| Infestação de caramujos africanos preocupa população e autoridades da Grande Vitória

Os animais estão sendo encontrados com facilidade na Praia da Costa, Itapoã e Itaparica. Município realiza ações diárias para conter o avanço dos moluscos

Foto: Divulgação

Um frequentador da Praia da Costa, em Vila Velha, postou nas redes sociais um vídeo mostrando uma enorme quantidade de caramujos africanos na areia da praia. A infestação do molusco, que não é venenoso, preocupa a população e as autoridades do município, já que podem transmitir doenças. 

No vídeo, feito por um banhista, os moluscos circulam próximo à vegetação de restinga. O subsecretário de serviços urbanos de Vila Velha afirma que há um trabalho diário para recolher os animais, mas que o período de chuvas contribui para a proliferação. Cada caramujo carrega cerca de 400 ovos, e a facilidade de reprodução também dificulta o controle.

Os caramujos africanos também foram encontrados em Vitória. Segundo a prefeitura, foi feito um trabalho de recolhimento na praia de Camburi, Praça do Papa, Parque Moscoso e Praça Costa Pereira, além da aplicação de um produto específico para o extermínio.

O caramujo africano é uma espécie de molusco. Como o próprio nome diz, ele não é natural daqui da América. Foi trazido ao Brasil na década de 80 para ser criado em cativeiro para fins comerciais, como substituto do escargot. A ideia não deu certo, a reprodução do bicho fugiu do controle, e hoje ele é um problema ambiental e de saúde pública. O molusco pode afetar o ser humano, pois ele é considerado um vetor de transportes de vermes, parasitas, vírus e bactérias.

Combate 

A Prefeitura de Vila Velha, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsu), afirma que promove diariamente um trabalho de cata manual dos caramujos. De novembro de 2019 até o dia 6 de janeiro de 2020 foram recolhidos 618 quilos do molusco na orla.

As equipes de limpeza estão atuando nas restingas das praias da Costa, Itapuã e Itaparica, recolhendo os animais que são incinerados e levados para um aterro sanitário. De acordo com os técnicos da Semsu, o trabalho de cata é realizado no início das manhãs e nos finais de tarde.

“Estes caramujos se proliferam rapidamente. Mas não temos nenhum registro até o momento de pessoas que foram contaminadas por estes moluscos. Infelizmente, eles se alimentam de restos de comidas que são jogados nas restingas consideradas áreas de proteção ambiental”, disse a secretária municipal de Serviços Urbanos, Marizete de Oliveira Silva.

Além das restingas, os caramujos costumam se desenvolver em locais como terrenos baldios, plantações e áreas em que existem resíduos sólidos (entulhos). Nas residências, o cidadão é responsável pela coleta dos animais, tomando alguns cuidados.

A principal recomendação é que o caramujo só deva ser catado com proteção nas mãos (luvas ou sacolas plásticas). O horário ideal de cata é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número.,

Manejo

– Os moluscos devem ser coletados sempre com uma proteção nas mãos, como luvas descartáveis ou sacolas plásticas;

– Não se deve usar veneno, sal ou outras substâncias que podem contaminar o ambiente e não afetam o molusco. Somente o cal virgem vai matar tanto os ovos quanto o animal adulto;

– Os caracóis recolhidos devem ser enterrados em uma cova profunda (aproximadamente 40 cm), utilizando o cal virgem no fundo da vala;

– Jamais ingeri-lo; – Não transportá-los nem jogá-los vivos em áreas de vegetação.



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