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"Não iremos cancelar de forma unilateral o Enem no ES", garante secretário da Saúde

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio serão aplicadas nos dias 17 e 24 de janeiro na forma presencial, e 31 e 07 de fevereiro para as provas digitais

Foto: Divulgação/ Sesa

O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário em Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, concederam uma entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (15), para atualizar informações sobre o enfrentamento da covid-19 no estado.

Um dos pontos destacados por Nésio foi a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem),  que começa no próximo domingo (17), na forma presencial. Segundo o secretário, o Estado não irá cometer nenhum ato de cancelar de forma unilateral o Enem no Espírito Santo. "Acompanhamos a opinião do Conselho de secretários de Saúde para recomendar o adiamento".

O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) manifestou, em nota divulgada na última terça-feira (1), preocupação sobre a realização do exame durante a pandemia. O Governo Federal, contrário ao adiamento das provas, garantiu ao Consed que os protocolos de biossegurança estabelecidos pelas autoridades sanitárias serão seguidos.

450 MORTES EM JANEIRO

O secretário também alertou a população sobre os cuidados relativos a doença e da alta no número de casos. Dentre as falas, uma informação preocupante: o Espírito Santo deve registrar, em janeiro, cerca de 450 mortes, caso a média diária de óbitos se mantenha próximo de 30 por dia nas próximas semanas.

Ele informou, ainda, que a partir da p´próxima semana, os testes para a doença, coletados em Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha, serão encaminhados diretamente aos laboratórios da rede privada.

NOVOS LEITOS

O secretário ainda ressaltou que a perspectiva é aumentar em 60 o número de leitos para tratamento da covid-19 ainda neste mês, com a possibilidade de um reajuste, caso os casos continuem aumentando. 

VACINAÇÃO NO ES

Sobre as vacinas, o subsecretário afirmou que o estado está preparado com a infraestrutura e as seringas necessárias para o início da campanha de vacinação no Espírito Santo. "O planejamento é adequado e vamos reforçar esses estoques municipais", disse.

Nésio ainda relatou que a Anvisa vai analisar as vacinas no próximo domingo (17). "Esperamos que nos próximos dias, os estado recebam as seis milhões de doses da Coronavac. Temos grupos prioritários e pretendemos começar o a vacinação ainda neste mês", disse.

O secretário ainda destacou que o início do processo de imunização não pode ser confundido com a falsa ideia de que a pandemia está controlada. Isso porque ainda não será possível vacinar grande parte da população, que deve aguardar que as pessoas vacinadas desenvolvam a imunidade.

"Será necessário uma segunda dose, em um espaço curto, em especial com a Coronavac. Esperamos que a Astrazeneca tenha um período maior entre uma dose e outra, fazendo com que mais pessoas tomem a vacina. Acreditamos que o processo que inicia em janeiro deverá ter uma repercussão de ampla imunidade no país ao longo de, pelo menos, seis meses. A segunda expansão da doença será enfrentada da mesma forma que enfrentamos a primeia. Por isso, todas as medidas de prevenção precisam ser tomadas", disse.

"NÃO DÁ PARA IMUNIZAR TODOS DE UMA VEZ"

Reblin destacou que a campanha para vacinar a maior parte da população irá demorar um pouco, pois não há capacidade de produção para imunizar todos de uma só vez. "A vacina é um momento esperado por todos nós. Desde o nascimento até a velhice, ela nos protege de muitas doenças. A vacina não pode ser um problema, tem que ser solução para as doenças e também para a covid.  Não será um mês de vacina. Será um ano. Não há produção no mundo capaz de atender toda a população de imediato. Haverá definição para grupos prioritários", disse.

LEITOS DE UTI PARA PACIENTES DO AMAZONAS

O Espírito Santo disponibilizou 30 leitos de UTI para que o estado do Amazonas possa encaminhar pacientes para tratamento em hospitais capixabas. "Manaus vive uma grave crise nas unidades hospitalares. O oxigênio é necessário não apenas no tratamento, mas também na remoção de pacientes graves. Até o presente momento, não recebemos nenhum paciente de Manaus. A responsabilidade pela remoção é do ministério da Saúde. Uma operação foi constituída pelas Forças Armadas e vamos receber nas próximas semanas os pacientes. Não temos nenhum paciente aguardando leitos no Espírito Santo e não temos crise com a garantia de oferta no leito hospitalar", explicou o secretário.

Sobre a transferência de pacientes de Manaus para o Espírito Santo, o subsecretário destacou que não há riscos de transmissão da doença por uma pessoa que já está internada. "A transmissão se dá de outras formas, de quando a pessoa circula carregando o vírus, por exemplo", afirmou. "Não deve haver nenhum tipo de receio na transferência desses pacientes. Precisamos ser solidários neste momento. Não é admissível e nem aceitável que um estado que tenha condições de receber pacientes não o façam", completou Nésio.

AULAS NA REDE ESTADUAL

Nésio ainda comentou sobre o retorno das aulas na rede pública estadual. Segundo ele, alguns municípios já se manifestaram sobre o assunto, e que há estudos sobre as atitudes seguras a serem tomadas. Atualizações sobre o assunto devem ser iniciadas nos próximos dias.

Veja a coletiva na íntegra:


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