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'Bebês da pandemia': mais de 5,5 mil nascimentos são registrados no ES desde dezembro

Esses recém-nascidos foram gerados durante um período em que muitos casais se aproximaram mais, devido ao isolamento imposto pela pandemia

Foto: Divulgação

Dez meses já se passaram desde o início do isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus. E os frutos da relação mais aproximada entre muitos casais, que passaram a viver mais tempo dentro de casa durante a quarentena, começaram a vir ao mundo no final do ano passado. Desde o início de dezembro, mais de 5,5 mil bebês nasceram no Espírito Santo, apesar de toda a insegurança e preocupação causadas pela disseminação do coronavírus.

Os dados do registro civil apontam que, somente nos primeiros 13 dias de janeiro, foram registrados 1.487 nascimentos em todo o estado. Durante todo o mês passado, outras 4.052 crianças — os chamados "bebês da pandemia" — vieram ao mundo. Desse total registrado em dezembro, 1.811 são da Grande Vitória.

O número de nascimentos ocorridos no mês passado não mudou muito em relação a dezembro de 2019, quando ainda não se falava em pandemia. Naquela época, 4.116 bebês nasceram no Espírito Santo.

A psicoterapeuta de relação sistêmica Letícia Salomão destaca que a aproximação entre homens e mulheres dentro de casa, durante o isolamento social, contribuiu para que não houvesse uma redução mais drástica do número de nascimentos — uma vez que aumentou também a preocupação de se engravidar e colocar uma criança no mundo em plena pandemia.

"Nesse tempo em home office, nesse tempo ocioso em casa, nesse tempo em que, de fato, não poderiam sair, as relações começaram a estar mais intensas em casa. E hoje, após dez meses, o resultado, que são mulheres grávidas, bebês nascendo, por conta dessa proximidade, desse tempo", ressaltou.

Diante dos riscos proporcionados pela pandemia aos recém-nascidos, pediatras alertam sobre as medidas que devem ser seguidas pelos pais para evitar que os bebês sejam contaminados com a covid-19, já que organismo dos pequeninos ainda é muito frágil.

"A imunidade dele é ainda baixa. Quando ele nasce, ele tem a amamentação, que lhe dá imunidade. Então a gente tem que dobrar os cuidados, em se pensando em coronavírus. Evita-se o contato com muitas pessoas, que o contato seja restrito à família mesmo", orientou a médica pediatra Iria Giacomin.

A médica alerta que as mamães que ainda estão com barrigão também devem se cuidar. "A grávida deve tomar cuidado redobrado para não pegar coronavírus, até porque não tem muitos trabalhos ainda mostrando as alterações que vão ter no feto e no recém-nascido", frisou.

Com informações da repórter Fernanda Batista, da TV Vitória/Record TV 

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