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Especialista explica motivo de prioridade de vacinação para idosos e profissionais da saúde

Epidemiologista e professora da Ufes, Ethel Maciel, detalha a lógica da imunização contra covid-19 a ser seguida no Espírito Santo e que começa nesta segunda (18)

Foto: Reprodução TV Vitória

Com a aprovação da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), foi liberado o uso das vacinas Coronavac e AstraZeneca contra a covid-19 no Brasil. O Espírito Santo receberá 95.440 doses da Coronavac e a expectativa é que a imunização comece no Estado no final da tarde de hoje (18). Nesta primeira etapa, a prioridade são para idosos e profissionais da saúde. A epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo, Ethel Maciel, detalhou os motivos para que a imunização comece justamente por esses grupos e não seja, inicialmente, para toda a população. A entrevista foi dada no programa Espírito Santo no Ar, na manhã desta segunda.

"Não dá para imunizar todas as pessoas de uma vez. Sempre começamos uma campanha vacinando aquele público que tem maior probabilidade de sofrer efeitos graves pois assim evitamos a progressão de gravidade da doença", ressalta. Ela informou que, como o Brasil lidera o ranking mundial de mortes entre profissionais da saúde, é necessário proteger este grupo primeiro. "São eles que cuidam de nós e estão na linha de frente. Daí a prioridade", justificou. No primeiro grupo também estão os mais idosos, acima de 60 anos e que vivem em instituições de longa permanência.  "Depois vamos vacinando pessoas com comorbidades, diminuindo depois a faixa etária até progressivamente imunizarmos 70% da população", desenvolveu.

Na avaliação da epidemiologista, o aval da Anvisa garante, oficialmente, que as vacinas, tanto a Coronavac quanto a da AstraZeneca, passaram no teste, são eficazes e seguras. "As duas serão aplicadas em duas doses: a Coronavac com intervalo entre 14 a 28 dias e a AstraZeneca, com três meses", diferencia. Os novos testes exigidos pela Anvisa na reunião de domingo, segundo Ethel, é rotina de praxe entre os técnicos da área. "É natural que esses dados sejam colocados ali. Não significa que nada que foi feito até agora esteja incorreto. Eles pediram outros testes que serão feitos nos próximos dias. As pessoas podem ficar tranquilas, as vacinas são seguras e eficazes", reforçou. 

Logística de imunização

A epidemiologista detalhou que no Plano Nacional de Imunização, o Ministério da Saúde irá repassar as doses para os Estados e estes, para os municípios. "É interessante que, quem puder, mesmo ainda fora do público-alvo desta primeira etapa, já faça o seu cadastro no aplicativo do Conecte SUS. Pois é por ali que o ministério vai acompanhar todas as pessoas, saber da evolução da vacinação, além de ser uma alternativa para a gente se comunicar com os serviços públicos de saúde", finalizou.

Com informações do repórter Lucas Pisa, da TV Vitória/Record TV

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