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Volta às aulas: redes do Estado e dos municípios retornam a partir de 4 de fevereiro

As atividades de ensino serão retomadas gradualmente, de acordo com as condições de cada cidade

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória
Foto: Reprodução / Youtube

Municípios alinharam com o Estado a reabertura gradual das escolas e o retorno às aulas a partir de 3 de fevereiro. O objetivo é que a partir de 1 de março a rede pública de Educação esteja disponível e funcionando em todo o Espírito Santo. Nas escolas particulares, as aulas voltarão no dia 1º de fevereiro e ocorrerão de forma presencial nos municípios capixabas classificados nos riscos baixo e moderado para a covid-19, conforme autorizado pelo governo do Estado. Nas escolas estaduais, as aulas começam na próxima quinta-feira (04).

As informações foram dadas em coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (28) com a presença do secretário de Estado da Educação, Vitor de Angelo, e gestores municipais de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Viana, e o presidente da União dos Dirigentes Municipais do Espírito Santo (Undime-ES), Vilmar Brito. 

De Angelo lembrou que cada município terá autonomia na escolha do esquema a ser adotado no retorno das atividades pedagógicas: se totalmente presencial ou em sistema híbrido (presencial e remoto) ou totalmente remoto. Caso adote o sistema híbrido, as prefeituras terão que elaborar planos de revezamento dos alunos nas escolas. "O mapa de risco, feito pela Secretaria Municipal de Saúde, irá definir este processo e continuará sendo válido neste retorno. Caso o município entre na classificação vermelha, ou seja, risco alto, as escolas ficarão fechadas", apontou. 

Até o momento, de acordo com levantamento da Undime-ES e divulgado numa pesquisa da Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes), 15% dos 78 municípios ainda não definiram o formato do retorno das aulas. Três cidades decidiram voltar totalmente com aulas presenciais: Divino de São Lourenço, Nova Venécia e Presidente Kennedy. Os municípios da Grande Vitória retornarão em sistema híbrido. 

O retorno da educação infantil também foi lembrado. Na pesquisa da Amunes, apenas 20 municípios garantiram a reabertura das creches. Grande parte, porém, ainda não tem definição de qual sistema será escolhido para lidar com as crianças menores. Na avaliação da Undime, isso acontece porque os municípios podem estar passando por dificuldades em adquirir insumos específicos para esses espaços. 

Avaliação e freqüência

Os assuntos trabalhados em sala de aula na rede municipal irão seguir o que a rede estadual já faz. Ou seja, os conteúdos de 2020 e 2021 serão mesclados num único ciclo. Retornam também a avaliação com possibilidade de reprovação ao final do ano. Os municípios declararam que farão acompanhamentos e avaliações técnicas sobre esse modelo de avaliação dentro desse novo contexto.

As famílias continuarão a ter o direito de escolha de enviar ou não os alunos para as atividades presenciais. "A liberdade é total. Cada rede tem autonomia para decidir o modelo. Nas redes estaduais se cogitou diferente. Mas o entendimento com o Ministério Público do Espírito Santo é que seria importante manter essa decisão com as famílias. No caso da rede estadual, fizemos avaliação diagnóstica no ano passado, mas reaplicaremos. No primeiro trimestre, retomaremos o conteúdo de 2020 e faremos uma avaliação diagnóstica. A partir dos resultados, passaremos nos próximos dois trimestres o conteúdo de 2021 e reforço diagnóstico com relação ao resultado da avaliação. Daí a importância da presença dos alunos no processo", explicou o secretário. 

Estrutura das escolas

Apesar da pesquisa da Amunes ter apontado que a maior parte dos municípios considera que as escolas não possuem estruturas ideais para o retorno e que também a maioria não planejou testagem nos profissionais e servidores, o secretário disse que o retorno às aulas é necessário após quase um ano de fechamento dos colégios. "Planejamos a volta de acordo com o protocolo estabelecido, tanto do ponto de vista pedagógico quanto da biossegurança. Mas a autorização técnica passa pelas autoridades de saúde. Além disso, testagem não é pré-requisito para a volta", reforçou. 

Dentro dessa realidade, alguns municípios ainda estão em processo de compra de equipamentos de biossegurança e de proteção como máscaras, dispenser de álcool em gel. O material pode não estar disponível a tempo do retorno. O secretário acredita que esta situação possa estar acontecendo porque os municípios estão atendendo a prazos prazos burocráticos de processos licitatórios, dentro da legalidade. Ele colocou o Estado à disposição para eventual auxílio.

Vacinação de professores

Em relação à vacinação dos professores, o Estado tenta antecipar a imunização para os profissionais da Educação. O secretário lembrou que, pelas diretrizes do Ministério da Saúde, professores são o quarto grupo a ser atendido dentro do público prioritário. Assim, eles serão os últimos a receber a vacina contra a covid-19. "Não temos uma data específica ainda para vacinar os professores. Temos apenas a fase dentro do grupo de prioridades. Estamos acompanhando a luta, mas a data não temos ainda", declarou. Ele acrescentou que professores, funcionários e alunos com comorbidades não devem ficar totalmente afastados das atividades escolares. "O recomendado é que façam atividades remotas. De qualquer maneira, o profissional estará na linha ativa do trabalho", finalizou. 


  

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