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Chuva não atinge área de turfa e bombeiros continuam combate a incêndio na Serra

O comandante da operação explicou que é difícil enxergar os focos com chamas por conta da fumaça. Ainda nesta segunda-feira dois carros-pipa devem ajudar

Cerca de 30 campos de futebol já foram destruídos Foto: TV Vitória/Laila Novaes

A esperança da chuva chegar ao Estado e amenizar o incêndio, que já dura mais de uma semana na área de turfa, na Serra, continua. A chuva chegou, deixou algumas ruas alagadas na Grande Vitória, mas não passou perto da grande área de fumaça na região do Mestre Álvaro. O espaço mede cerca de 700 mil metros quadrados, sendo que 200 mil deles, que equivalem a 30 campos de futebol, já foram destruídos.

De acordo com o tenente-coronel Pavani, que comanda a operação, os trabalhos continuam. O esforço, segundo ele, é para que as chamas não se espalhem. “Não há como resolver o problema instantaneamente. É um trabalho lento, contínuo e diário. Vamos abrindo o terreno e tentando manter o solo resfriado. Para solucionar tudo em um dia precisamos de uma grande quantidade de água, e nós não temos isso. Cada dia focamos em uma área, em um pedaço”, explicou.

Pavani destacou que por causa do terreno, só é possível ver fumaça e poucos focos com chamas. Isso prejudica o trabalho do Corpo de Bombeiros. Os maiores esforços estão nos locas onde a fumaça incomoda os moradores.  

Ainda segundo o tenente-coronel, a equipe, composta por cerca de 20 profissionais, aguarda dois carros-pipa do município da Serra ainda para esta segunda-feira (23). Essa água que deve chegar vai ajudar no combate. Durante o final de semana a equipe também teve reforço. Nesta segunda-feira (23), os trabalhos devem durar todo o dia.

“Nós estamos trabalhando junto com a Defesa Civil e não há necessidade de remoção dos moradores. A nossa pior dificuldade é em abrir acesso para chegar. Temos que ter muito cuidado, pois o solo está muito quente. Se não for feito de forma adequada, os bombeiros que estão trabalhando correm o risco de se ferir”, afirmou.

O comandante da operação também informou que a hipótese, que não foi confirmada, mas eles acreditam que seja a causa do incêndio, é a ação humana. De acordo com ele, os ventos que atingiram a região quando as chamas teria iniciado podem ter contribuído nos estragos.

Entenda 

Há semanas, a cortina de fumaça preta encobre a região no entorno do Shopping Mestre Álvaro. A fumaça é oriunda da combustão espontânea da turfa, que é um material orgânico comum em regiões de alagadiço, como é o caso da área. A combinação da falta de chuva com o calor excessivo faz secar a região, e gerar combustão espontânea. A seca cria um ambiente para a fermentação dessa matéria orgânica e é justamente a fermentação que causa este tipo de incêndio.

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