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Número de capixabas que recorrem às cirurgias de redução do estômago é cada vez maior

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2014 foram realizados 206 procedimentos. Em 2015, em apenas dois hospitais, foram realizados mais de 330 procedimento deste tipo

Mais de 300 cirurgias bariátricas foram realizadas no Espírito Santo em 2015 Foto: Divulgação

Os números de cirurgias bariátricas no Espírito Santo aumentaram em 2015, em comparação com os dois anos anteriores. Em dois, dos três hospitais, que realizam o procedimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) foram feitas 322 cirurgias.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), em 2014, foram registradas 206 cirurgias, contra 247 em 2013. No Estado, três hospitais fazem esse tipo de procedimento: Hospital Evangélico de Vila Velha, Hospital das Clínicas (Hucam) e Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim.

No Hospital Cassiano Antonio Moraes (Hucam), também conhecido como Hospital das Clínicas, em Vitória, foram 151 procedimentos em pacientes com nível elevado de obesidade e outras doenças associadas. Um aumento de cerca de 50% em relação ao ano anterior, batendo o próprio recorde da instituição nesse tipo de procedimento.

Segundo dados da unidade, o Hucam é o único hospital da rede pública no Estado que realiza cirurgias bariátricas pelo método de videolaparoscopia. No ano passado, o índice de mortalidade foi zero.

De acordo com o chefe da Unidade de Cirurgia Geral e coordenador da equipe de cirurgia bariátrica do Hucam, Gustavo Peixoto, esses números são uma grande conquista para o hospital. “A realização da cirurgia bariátrica por meio de videolaparoscopia ocorre porque temos o compromisso de oferecer ao aluno o ensino da melhor técnica possível. Além disso, há pesquisas acadêmicas sendo desenvolvidas a partir da experiência no programa", explicou.

Já o Hospital Evangélico de Vila Velha realizou no ano passado 171 cirurgias bariátricas custeadas pelo SUS. Segundo o chefe do Serviço de Cirurgia Bariátrica, Tarcisio Zovico, vários fatores influenciam no sucesso da cirurgia. Ele ainda salientou que o peso para pessoa ser submetido a cirurgia foi reduzido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Agora os pacientes com índice de massa corporal maior que IMC >35kg/m2 poderão passar pelo procedimento, mas terão que portar comorbidades, como por exepmlo, diabetes tipo 2 e apneia do sono.

Sobre essa decisão do CFM Tarcisio Zovico considerou positiva a mudança porque a prevalência de doenças nesses pacientes é alta. "A amplitude de doenças agravadas pela obesidade citada nesta resolução reflete a realidade diária de um paciente obeso portador de obesidade severa. A prevalência de doenças nestes pacientes é altíssima, e não eram devidamente valorizadas. Aspectos psicossociais são agora também integrantes do rol de comorbidades que poderão ser valorizadas na seleção dos candidatos a cirurgia bariátrica”, informou.

Outra unidade que também realiza esse tipo de procedimento é o Hospital Evangélico de Cachoeiro de Itapemirim. O Folha Vitória tentou contato com a unidade durante a produção desta matéria, mas não obteve retorno.

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