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Procuradores italianos pedem por julgamento da Shell e do CEO da Eni

Redação Folha Vitória

Roma - Procuradores italianos estão pedindo para que a Royal Dutch Shell e o executivo-chefe da petroleira italiana Eni sejam julgados por esquemas de corrupção em um grande acordo na Nigéria, segundo uma pessoa familiarizada ao assunto.

Os procuradores pediram para que o CEO da Eni, Claudio Descalzi, e outras dez pessoas, incluindo autoridades nigerianas, sejam julgadas por corrupção em um acordo assinado com a Shell em 2011 para ganhar controle de um campo de petróleo no mar da Nigéria.

À época, as duas companhias ganharam direitos sobre o campo após pagar US$ 1,3 bilhão. A Eni pagou ao governo nigeriano, mas cerca de US$ 1,1 bilhão foi posteriormente transferido para o ex-ministro do Petróleo, Dan Etete, de acordo com documentos do Reino Unido e da Itália. A Shell já investiu uma grande quantia no bloco e concordou em dividir os direitos com o grupo italiano.

Em documentos revisados pelo Wall Street Journal, a justiça italiana sustenta que Descalzi, então chefe de exploração, e Paolo Scaroni, CEO da Eni à época, sabiam que uma conta bloqueada do governo servia de escala para que o dinheiro fosse então transferido para a conta controlada por Etete.

Em um comunicado divulgado hoje, o conselho da Eni disse acreditar que Descalzi é inocente e expressou seu apoio ao CEO. Um porta-voz da Shell não se pronunciou. Deve levar semanas ou até meses para que um juiz italiano decida sobre o pedido.

A solicitação foi apresentada dias depois de uma corte nigeriana ordenar que a Eni e a Shell desistam de controlar o grande campo de petróleo, que é conhecido como OPL 245. Fonte: Dow Jones Newswires.

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