CARNAVAL 2020

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Fique atento para não cair em golpes durante a folia de Carnaval

Em festas de rua, furto e clonagem de cartões são ocorrências comuns. Polícia recomenda atenção e alerta que esbarrões ajudam a disfarçar crimes

Foto: Agência Brasil/ Tânia Rêgo

O Carnaval chegou com tudo e os desfiles e festas de blocos já agitam a Grande Vitória. Com o grande número de foliões o cenário se torna propício para roubos, furtos e golpes. Alguns dos métodos aplicados são velhos conhecidos, mas é importante estar atento. Separamos alguns depoimentos de vítimas dos golpes e dicas de como se prevenir e como agir em casos semelhantes.

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Golpes com cartão

O golpe da troca do cartão é frequente e pode acontecer de diversas maneiras. Na sua versão mais recorrente, o ambulante troca o cartão do folião por outro idêntico e a senha é colocada no cartão errado, possibilitando com que o golpista veja a sequência numérica ou que a máquina adulterada grave a senha. Na hora de devolver, o cartão entregue à vítima é outro.

O golpista pode ainda tirar uma foto da frente e do verso do cartão. Com as informações nas imagens (número do cartão, validade e código de segurança) ele realiza compras na internet e fraudes. Neste caso, o cartão verdadeiro é devolvido, dificultando a descoberta do golpe.

Um folião de São Paulo, conta que foi comprar uma cerveja e percebeu que um dos ambulantes vendia bebidas mais baratas que as dos outros.

"Fui comprar mas, como já sabia do golpe, fiquei atento ao entregar meu cartão. Quando ele [o vendedor] foi cobrar percebi que escondeu o cartão embaixo da máquina e encaixou um idêntico no lugar certo. Logo falei que aquele não era o meu cartão e que conhecia o golpe", contou. Depois de relutar, o ambulante devolveu o cartão certo a Bruno, que conseguiu escapar de um prejuízo.

O ocorrido reforça a importância de comprar produtos com vendedores credenciados. Nos blocos e festas oficiais do carnaval, vendedores cadastrados vendem a mesma marca de produto, com preço tabelado.

Agora existem marcas de cartões de crédito pré-pagos, que são gratuitos, possuem chip e bandeira aceitos em todas as maquininhas, e o folião pode recarregar com a quantia que quiser, diminuindo as chances de golpe e prejuízo.

Roubo e furto

Nem sempre smartphones são furtados com o intuito de revenda. Com o aparelho em mãos, os golpistas podem ter acesso a todos os dados financeiros e pessoais das vítimas e, com isso, realizam diversos golpes.

Uma gerente de recursos humanos Michelle Viana, de 38 anos, estava na Peruada, tradicional festa de rua dos alunos da Faculdade de Direito da USP que acontece em novembro, quando teve seu celular furtado. "Fizeram um empréstimo de R$ 50 mil em meu nome, várias transações para outras contas e compras. Eu sou desatenta para banco e só notei em dezembro, quando começaram a cair as parcelas. O golpista quebrou a segurança do aparelho, mudou todas as minhas senhas da vida (e-mail, face, insta, banco, etc) e teve acesso ao meu banco. Foi bem complicado de resolver."

Michelle conseguiu acionar o banco que, em 48 horas, forneceu toda a assistência necessária e acompanhou o caso de perto até o assunto ser resolvido, sem que ela tivesse prejuízo.

A polícia recomenda que os foliões estejam sempre em alerta, olhando ao redor até antes de fazer uma selfie com o celular. Ainda de acordo com o órgão, as pessoas embriagadas costumam ser mais vulneráveis e devem ter cuidado com os esbarrões e empurrões, que podem disfarçar um furto.

*Adaptado com informações do Portal R7.com

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