Dino (divulgador de notícias)

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Correção: Até 2024, mais de 65% de apps e softwares serão em low-code

Low-code movimentou cerca de US$ 13,8 bilhões (R$ 72,67 bilhões) em 2021; para especialista, tecnologia é oportunidade em mercado com carência de programadores

Foto: Divulgação/DINO

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Com a pandemia de Covid-19, veio a revolução digital e um interesse crescente, por parte de empresas de diversos segmentos e portes, em desenvolver aplicativos e softwares para atender à alta demanda pelas mais diferentes soluções para o período de confinamento. Neste sentido, a tecnologia low-code ganha adesão em todo o mundo, pois dispensa amplo conhecimento em codificação.

Como resultado, dados publicados pela consultoria Gartner projetam que, até 2024, mais de 65% dos softwares e aplicativos serão desenvolvidos em low-code (baixo código, em português), com um crescimento médio de 40% ao ano. Segundo relatório da Gartner, este mercado movimentou cerca de US$ 13,8 bilhões (R$ 72,67 bilhões) em 2021 a nível mundial, uma alta de 22,6% em relação a 2020, quando foi alcançada a cifra de US$ 11,2 bilhões (R$ 58,98 bilhões).

Como principal atrativo, a tecnologia simplifica a programação para o desenvolvimento de softwares, que se torna mais célere. Para tanto, a inovação utiliza uma combinação de modelos pré-definidos, técnicas de design gráfico e ferramentas simplificadas.

No Brasil, a aderência à tecnologia cresce em um ambiente em que a carência de desenvolvedores deve ser de mais de 408 mil postos de trabalho em 2022, conforme pesquisa realizada pela Softex, organização social voltada ao fomento da área de TI (Tecnologia da Informação).

Leandro Garcia, sócio-diretor da Kafnet, empresa de soluções em tecnologia, observa que a demanda de profissionais de low-code cresce a cada ano, mas a mão de obra especializada nessas soluções não expande na mesma velocidade.

“Low-code não é uma tecnologia nova, já possui algumas décadas de existência, mas está emplacando como uma ferramenta viável. Sua agilidade de implementação viabiliza projetos que, por linguagens tradicionais, teriam custos mais altos. Por esse motivo, há vagas e terá muito mais até 2024”, complementa.

Tecnologia abre espaço para novos profissionais

Na visão do especialista, a inteligência de low-code é uma oportunidade para quem ainda não domina programação e deseja atuar na área de tecnologia. “Trata-se de uma ótima chance para quem almeja começar com desenvolvimento de software. As soluções de low-code são muito bem estruturadas, o que facilita o aprendizado e oferece uma nova chance para o brasileiro que busca a recolocação no mercado de trabalho”.

Com efeito, o Brasil deve chegar a 14 milhões de desempregados em 2022, segundo relatório lançado em janeiro pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). Em 2019, o país tinha 12,4 milhões de desocupados, número que passou para 13,2 milhões em 2020 e para 14,3 milhões em 2021. Desta feita, o nível de ocupação pode retornar ao estágio pré-pandemia apenas em 2024, ainda segundo a OIT.

Garcia destaca que, ao contrário das perspectivas desanimadoras para o mercado de trabalho em geral, a expansão no número de vagas na área da tecnologia vem em uma crescente. “Apenas em 2020, primeiro ano da crise sanitária, o número de vagas abertas em tecnologia cresceu 310% - o que deve aumentar ainda mais no pós-pandemia", afirma, citando dados de um levantamento da GeekHunter, empresa de recrutamento de TI.

“Com o low-code, até mesmo uma pessoa com pouco ou nenhum conhecimento em programação pode aprender a criar um aplicativo em poucas horas de treinamento. Sem dúvida alguma, trata-se de uma tecnologia que veio para ficar”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: https://www.kafnet.com.br/