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Entenda a trágica coincidência entre os acidentes de Marília Mendonça e empresário do ES

Os dois desastres aéreos podem ter tido como razão principal a colisão com fios de energia. As causas do acidente em Vargem Alta ainda serão investigadas

Isabella Arruda

Redação Folha Vitória
Foto: Montagem / Divulgação
Empresário capixaba Oto Silvestre (à esquerda), Marília Mendonça e o piloto Breno Guglielmi

Apesar de não ter havido tempo hábil para uma análise aprofundada do acidente aéreo que matou o empresário Oto Carneiro Silvestre, 49 anos, e o piloto Breno Guglielmi, de 63 anos, na noite desta quinta-feira (9), em Vargem Alta, no Sul do Espírito Santo, a colisão em fios de energia lembra outra tragédia que marcou o Brasil: o acidente que matou a cantora Marília Mendonça.

A nota do Corpo de Bombeiros, divulgada à época do acidente com a sertaneja, em 5 de novembro de 2021, informava que: “ocorreu a queda de uma aeronave de pequeno porte, modelo Beech Aircraft, na zona rural de Piedade de Caratinga. O CBMMG confirma que a aeronave transportava a cantora Marília Mendonça e que ela está entre as vítimas fatais."

Segundo divulgou a coluna de Pedro Permuy, que foi ao ar no mês da morte da artista, o delegado Ivan Lopes Sales, da Polícia Civil de Minas Gerais, confirmou que a causa mais provável do acidente com a sertaneja tenha sido a colisão com linhas de transmissão.

De modo semelhante, em entrevista ao programa ES no Ar, da TV Vitória/Record TV, a capitã Andressa, do Corpo de Bombeiros, explicou que o helicóptero com piloto e empresário capixaba teria colidido com fios de baixa tensão de uma residência. Quando os bombeiros chegaram, a equipe do Samu já havia constatado as mortes.

"Nossa equipe foi acionada às 18h56 de ontem (quinta). A princípio teria colidido com os fios da própria residência. Quando acionaram, disseram que a propriedade é de parentes da vítima. Militares contam que familiares, inclusive a esposa, chegaram algumas horas depois", disse.

Devido à altura que o helicóptero estava voando, a capitã acredita que o destino final estava próximo do local do acidente.

"Provavelmente o destino seria próximo, pois o helicóptero estava voando baixo. Acionamos a EDP, que chegou rapidamente para que a cena tivesse segura, pois havia riscos e tinha cheiro de combustível".

A perícia da Polícia Civil foi realizada por volta das 22 horas e a perícia do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, também foi acionada.

Caso capixaba

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave em questão, que levava Silvestre e Guglielmi, é um Robinson Helicopter, de registro PR-PLF e modelo R44 II. Fabricado em 2011, o helicóptero pode transportar um número máximo de três passageiros. A aeronave era registrada como categoria de serviços privados.

Oto Carneiro Silvestre era proprietário da MacStone, empresa do setor de mármore e granito, de Cachoeiro de Itapemirim, e havia participado da Vitória Stone Fair, que acontece na Serra.

A EDP lamentou o acidente em território capixaba e esclareceu que segue rigorosamente a regulamentação em vigor. A Concessionária informou ainda que o fornecimento de energia na região não foi afetado.

Caso Marília Mendonça

Cerca de um ano após morte de Marília Mendonça, em novembro do ano passado, policiais se reuniram em entrevista coletiva para dar atualizações sobre a investigação do acidente de avião que matou a sertaneja. 

As autoridades descartaram que o piloto teria sofrido qualquer tipo de mal súbito e afirmaram que houve a colisão do avião com a rede de energia elétrica.

De acordo com a investigação, no corpo do piloto não havia remédio ou algo que o fizesse ter mal súbito. "O tempo estava limpo, então ele não teve nenhum problema de visão. De fato, houve um momento que aconteceu a colisão com a rede de energia elétrica", informou a polícia.

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