Braço da Al-Qaeda na Síria confirma morte de comandante militar
Beirute - O grupo terrorista Frente Nusra, afiliado da Al-Qaeda na Síria, confirmou nesta sexta-feira que um de seus principais líderes morreu em um ataque aéreo que teve como alvo uma reunião da liderança do grupo.
O comandante militar Abu Hommam al-Shami foi atingido durante o ataque aéreo, que ocorreu na quinta-feira na província de Idlib, oeste da Síria, disse o porta-voz da Frente Nusra, Abu Anas al-Shami, a um site jihadista.
A morte de Abu Hommam al-Shami foi anunciada logo no início do dia pelas agência de notícias estatal da Síria, Sana, e pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, que é grupo sediado em Londres e conta com uma rede de ativistas dentro da Síria. O Observatório disse que outros líderes da Frente Nusra também foram mortos no ataque.
Ainda não se sabe se o líder geral do grupo, Abu Mohammad al-Golani, foi atingido. Embora haja rumores de que ele teria sido atingido, o porta-voz da Frente Nusra não confirmou sua morte e disse apenas que outras três pessoas foram mortas, sendo que dois eram os seguranças de Abu Hommam al-Shami. Não há informações sobre a identidade da terceira pessoa.
Também não ficou claro quem foi o autor do ataque aéreo. A agência de notícias Sana alegou que foram militares sírios, mas os ativistas e a Frente Nusra dizem que o ataque foi liderado pelos Estados Unidos.
O ataque é visto como um golpe para a Frente Nusra, num momento em que a facção islâmica tem sido atacado com mais força outros grupos militantes sírios, na tentativa de controlar regiões do Nordeste da Síria. Recentemente, rebeldes da Frente Nusra invadiram acampamentos pertencentes ao Movimento Hazm, apoiado pelos Estados Unidos, e apreenderam armas e suprimentos americanos. Após a invasão, o Movimento se dissolveu.
A Frente Nusra também é rival do grupo Estado Islâmico, que controla um terço da Síria e do Iraque. Entretanto, os dois grupos cooperam ocasionalmente em operações militares, dentre elas um ataque conjunto na fronteira no ano passado, no qual mais de dez soldados libaneses e policiais foram feitos de reféns. Fonte: Associated Press.