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Aplicativos deverão impedir atuação de taxistas de outros municípios em Vitória

O projeto de lei 49/2015 visa impedir a concorrência ilegal de taxistas de outros municípios com profissionais cadastrados para atuar em Vitória

 A concorrência ilegal já gerou diversas brigas Foto: ​Divulgação

Por unanimidade de votos, os vereadores de Vitória rejeitaram o veto do prefeito de Vitória, Luciano Rezende, ao projeto de lei do vereador Max da Mata (PSD), que obriga as empresas de aplicativos de táxis para smartphones criarem uma barreira para que taxistas de outros municípios não atuem ilegalmente na capital.

O projeto de lei 49/2015 visa impedir a concorrência ilegal de taxistas de outros municípios com profissionais cadastrados para atuar em Vitória. Os taxistas que não respeitam a área de atuação são popularmente conhecidos como ‘cachorros doidos’. A concorrência ilegal já gerou diversas brigas, principalmente em locais de grande movimentação, como o Aeroporto Eurico Salles de Aguiar.  

“A capital possui 571 permissionários, e pelo menos igual número de defensores, que estão sendo prejudicados por esse serviço que busca o profissional mais próximo. Porque o profissional de Vitória, por regra, tem que voltar ao seu ponto de origem”, explica Max da Mata.

O vereador explica que tal medida é necessária para melhorar o sistema de táxi na capital, principalmente no que diz respeito ao atendimento aos turistas.

“Além disso, o taxista de outros municípios da Grande Vitória não recebe fiscalização local. Se prestar um serviço ruim, o usuário não tem com quem reclamar. Também temos que pensar nos nossos turistas. E nos usuários dos outros municípios, que ficam desassistidos. É preciso que haja uma barreira eletrônica para evitar que se fragilize o serviço e para melhorar o sistema de táxi de Vitória”, afirma o vereador.

Para o presidente do Sindicato Profissional dos Motoristas de Táxi do Estado (Sinditavi-ES), João Vailati Fidencio, a melhor saída eria liberar a atuação de taxistas de outros municípios quando a demanda for alta para não prejudicar a população

“O aplicativo tem que prestar preferência aos carros do município, mas, em segundo plano, os veículos de outros municípios poderiam atender sim em outra região, para que a população não seja prejudicada. Casos como Carnaval de Vitória e grandes shows, a demanda local não dá conta. É mais sensato pensar assim, uma questão de futuro”, diz João.

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