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Oito grávidas de Cachoeiro são acompanhadas com suspeitas de zika

Nove casos da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, já foram confirmadas no município, e 6.259 casos de dengue foram notificados até janeiro até agora

A audiência pública para discutir o combate ao Aedes Aegypti aconteceu na Câmara de Cachoeiro Foto: ​Divulgação

O grande número de registros e notificações dos casos de dengue em Cachoeiro de Itapemirim tem chamado a atenção da população e das autoridades. De janeiro até agora foram notificados 6.259 casos, sendo que durante todo o ano de 2015, o município registrou 5.200 notificações. Além disso, oito grávidas recebem acompanhamento com suspeita do zika vírus. Até o mês de março, nove casos da doença foram confirmados na cidade.

A Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores realizou uma audiência pública sobre o combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor das doenças, na noite desta quarta-feira (30) e divulgou os dados. 

O presidente da Comissão, o vereador Rodrigo Enfermeiro (PV) ressaltou a importância e necessidade urgente do aumento do contingente de agentes de endemias. “É importante fazer a prevenção e combate ao Aedes mesmo nos locais sem ocorrências da dengue. Temos que realizar de parceria com escolas e unidades de saúde em todo o município, para que os agentes possam ter um ponto de apoio para almoço, higiene e guarda de materiais”, disse.

O evento reuniu agentes de endemias, vereadores, Tiro de Guerra, representantes de escolas municipais, vigilância sanitária e representantes de associações de bairros. “75% da prevenção ao Aedes se faz dentro de casa. Muitas pessoas nos ligam pedindo o fumacê, mas o uso dele segue protocolo, e o veneno utilizado pode fazer mal  às pessoas alérgicas, por exemplo, além de causar impacto ambiental. A lei das multas tem sido aplicada, notificamos as pessoas e elas têm três dias para efetuarem a limpeza de suas casas. Tomam providências imediatas para evitarem as multas”, comenta Fábio Serafim Mota, da Vigilância Sanitária Municipal.

O representante da Federação das Associações de Moradores e Movimentos Populares de Cachoeiro de Itapemirim (Fammopoci), Rogério Casaes se pronunciou quanto à preocupação com as condições de trabalho dos agentes de endemias. “Muito me preocupa a situação dos agentes de endemias de Cachoeiro e suas condições de trabalho, além do quantitativo necessário de funcionários para combater o Aedes”, comenta.

“Precisamos de melhores condições de trabalho, mas a população precisa ajudar colocando pelo menos o lixo na rua nos horários certos. São muitas as pessoas que só tomam medidas adequadas contra a dengue quando ameaçadas de multa. Vejo total falta de juízo na população ao ignorar a importância da prevenção da dengue”, completou a agente de endemias, Maria Aparecida.

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