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Força Nacional permanece em atuação por mais 15 dias no Espírito Santo

Antes da atual prorrogação, o fim das atividades dos homens da Força Nacional em solo capixaba estava previsto para esta sexta-feira (31)

Os militares da Força Nacional permanecem no Estado até o dia 15 de abril Foto: Agência Brasil

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), informou que a atuação da Força Nacional no Espírito Santo será prorrogada por 15 dias para reforçar o policiamento e contribuir para a ampliação da segurança da população capixaba.

Antes da atual prorrogação, o fim das atividades da Força Nacional em solo capixaba estava previsto para esta sexta-feira (31).

Em atuação no Estado desde o dia 6 de fevereiro, cerca de 3.450 militares da Força Tarefa Conjunta, composta por homens da Força Nacional e das Forças Armadas, realizaram ações de patrulhamento, postos de bloqueio e outros demais serviços pontuais em resposta à necessidade da segurança pública decorrente da paralisação da Polícia Militar.

Força Tareja Conjunta

O último dia 7 de março foi marcado pela cerimônia de encerramento da Força Tareja Conjunta no Espírito Santo. A solenidade aconteceu na sede do 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, contou com a presença de cerca de 1500 homens da Força Tarefa Conjunta, que envolveu homens do Exército, Marinha, Aeronáutica e da Força Nacional.

Durante a cerimônia, o ministro da Defesa, Raul Jungmann relembrou a situação caótica que encontrou quando esteve no Estado, no início de fevereiro. "Do caminho do aeroporto até o Palácio Anchieta, o que vi foi uma cidade imersa no medo. Escolas fechadas, transportes nas garagens, serviços médicos encerrados e uma população em casa", lembrou.

Aos militares que trabalharam durante este período no Espírito Santo, o ministro agradeceu e ponderou que a sensação de dever cumprido é o melhor dos prêmios. "Gostaria de poder apertar a mão de cada um dos senhores e dizer: 'dever cumprido'. Vocês levarão meu orgulho e voltarão para casa mais experientes".

Dados

Após a cerimônia, alguns números oficiais foram divulgados acerca do efetivo empregado em ações no Estado. Ao todo, 3169 homens das Forças Armadas estiveram presentes nas ações em solo capixaba, sendo 2637 do Exército, 382 da Marinha e 150 das Forças Aéreas, além de 287 da Força Nacional de Segurança Pública.

Dos veículos oficiais, 4 helicópteros, 227 viaturas e outros 7 veículos blindados foram utilizados durante as ações de segurança nos terminais de ônibus e escolta dos veículos, patrulhamento urbano, reconhecimento aéreo e terrestres, buscas, apreensões, dentre outras ações.

Atuação

A chegada dos homens ao Espírito Santo ocorreu após as entradas e saídas dos batalhões da Polícia Militar serem bloqueadas pelos familiares dos militares, que impediam a saída de viaturas e dos PMs para a realização do policiamento nas ruas. As exigências dos manifestantes eram reajuste salarial para os militares, pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno.

Na primeira semana da paralisação, a falta de policiamento nas ruas causou uma onda de saques, arrastões e homicídios aconteceu em diversos municípios capixabas, fazendo com que comércios e repartições públicas fossem fechados e serviços suspensos. Além disso, nesse período ocorreram 181 homicídios na Grande Vitória e em cidades do interior.

O movimento teve fim após uma reunião que aconteceu durante a madrugada do dia 24 ao dia 25 de fevereiro.

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