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Fiscalização do Crea-ES aponta risco de desabamento em prédio de Jardim Camburi

Conselho afirma que obra não está sendo realizada por uma empresa especializada, não possui engenheiro responsável e está sendo executada sem nenhum tipo de escoramento

Foto: Divulgação/ Crea-ES

Fiscais e especialistas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) identificaram irregularidades em uma obra clandestina no Edifício Acapulco B, no Condomínio Residencial Atlântica Ville, no bairro Jardim Camburi, em Vitória. A vistoria foi realizada na quinta-feira (04), após uma denúncia anônima.

De acordo com os profissionais especialistas do Conselho, há o risco de colapso devido à escavação que está sendo realizada ao redor da base dos pilares de sustentação. A atividade, considerada ilegal, irregular e indevida por parte do condomínio, teria sido motivada pela necessidade do reforço estrutural e para tratamento do aço que a compõe.

Segundo o Crea-ES, além de não estar sendo realizada por uma empresa especializada, a obra não possui engenheiro responsável e está sendo executada sem nenhum tipo de escoramento, o que fortalece para o risco de queda.

Um auto de infração por exercício ilegal da profissão foi emitido pelos fiscais, sendo a obra enquadrada como irregular. As Defesas Civis municipal e estadual foram acionadas para que as providências sejam tomadas. Especialistas em engenharia do Crea-ES farão o monitoramento no local até que o caso seja resolvido. 

A Defesa Civil Municipal de Vitória informou que não foi acionada sobre este caso e que, diante da demanda, enviará uma equipe ao local. Em caso de urgência, a população deve acionar o plantão 24h. O telefone é (27) 98818-4432.

Divulgação/Crea-ES
Reprodução/Crea-ES
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Investigação
Outros problemas em condomínios foram registrados recentemente na Grande Vitória. Na Serra, o Residencial Top Life Cancun tem passado por vistorias e acompanhamento da Defesa Civil e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) desde o dia 16 de fevereiro, depois que a estrutura da caixa d'água apresentou um amassado na parte lateral.

Já em Vila Velha, o problema acontece desde janeiro, quando as colunas de um prédio cederam, assustando os moradores que saíram dos apartamentos. Após análise, o Crea-ES e a Prefeitura de Vila Velha afirmaram que a construção não tinha alvará e nem documentação para emissão das escrituras. O edifício passará por obras que devem levar até quatro meses. Os moradores só poderão voltar após as reformas.

O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) investigará possíveis violações aos direitos dos consumidores nos dois condomínios. Além dessas construções, o MPES informou que o objetivo é apurar as irregularidades registradas também em outros empreendimentos da Grande Vitória. 


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