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Governo do ES entra em força-tarefa da PF para solucionar crimes violentos

O Executivo estadual assinou, nesta segunda-feira (6), um termo de cooperação técnica que reúne todas as forças policiais no combate à criminalidade

Redação Folha Vitória

Redação Folha Vitória
Foto: Helio Filho

Prometendo intensificar o combate ao crime organizado, à violência urbana e ao tráfico de drogas, o governador do Estado, Renato Casagrande (PSB) assinou, nesta segunda-feira (06), no Palácio Anchieta, um termo de cooperação técnica que une  todas as forças policiais atuantes no âmbito estadual na Força-Tarefa de Segurança Pública (FTSP).

Com a adesão do Estado à FTSP, atuarão conjuntamente a Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM), Polícia Federal (PF), Polícia Penal e, também, as guardas municipais da Região Metropolitana do Estado. 

A expectativa é que a força-tarefa proporcione maior número de policiais em ação, bem como mais tecnologia no combate ao crime em território capixaba e na resolução de crimes considerados de grande repercussão.

É o que explica o superintendente da PF no Espírito Santo, o delegado Eugênio Ricas, um dos entusiastas da criação da força-tarefa.

"A força-tarefa tem funcionado desde novembro de 2021. O foco dela é o crime violento, principalmente o tráfico de drogas e de armas. Agora, com a adesão do governo do Estado a gente pode esperar uma capilaridade um pouco maior; aumenta o número de policiais, o número de acesso, porque agora a gente vai poder contar com acesso ao sistema da Polícia Militar, da Polícia Civil e da Polícia Penal", disse o chefe da PF, que acrescentou que agora será possível, também, monitorar informações trocada por criminosos dentro dos presídios do Estado.

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Ricas ainda destacou o papel investigativo que a força-tarefa, montada logo depois que ele assumiu a superintendência da PF, e que já conta presença da Polícia Rodoviária Federal (PRF), possui.

"Algumas investigações inclusive já estão acontecendo, porque a força-tarefa tem esse papel investigativo. Eles investigam, realmente, o crime organizado. Então, com a adesão desses atores agora, a gente ganha informações de mais qualidade, ganha mão de obra também. A decisão a respeito das próximas investigações passa pela coordenação compartilhada, e aí, cada ente (representantes de cada uma das polícias) e a gente vai decidir se organizações criminosas serão investigadas", disse.

Objetivo é desvendar crimes de maior repercussão estratégica

Durante entrevista sobre a assinatura do termo de adesão à força-tarefa, o governador ressaltou que um dos principais focos do trabalho conjunto entre as forças policiais capixabas e a PF, por meio de sua superintendência no Estado, é a elucidação de crimes "de maior repercussão estratégica".

"Com a força-tarefa, a gente fortalece essa integração (entre as policias) e temos uma metodologia de trabalho, que se somará à metodologia de trabalho do Programa Estado Presente. O que nos interessa é que as guardas municipais, as forças policiais do Estado, as forças policiais da União, que nos estejamos trabalhando juntos. Mas, nesse caso da força-tarefa, em direção a desvendar crimes de maior repercussão estratégica", frisou Casagrande.

O socialista ainda acrescentou que a força-tarefa mira, principalmente, a dissolução dos grupos criminosos e os atos ilícitos ligados a eles.

 Já o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, destacou  que a integração entre as polícias vai qualificar ainda mais atuação dos agentes de segurança pública visando ao enfrentamento à criminalidade.

“Sempre estivemos integrados por meio do programa Estado Presente e agora vamos estar ainda mais unidos em prol dos capixabas. É muito importante que estejamos, de fato, integrados buscando agendas que dependem da Polícia Federal. A questão do tráfico internacional de drogas e de armas impacta muito em nossa segurança. As ferramentas da Polícia Federal podem nos ajudar no enfrentamento à criminalidade”, destacou Ramalho.

O comandante-geral da PMES, coronel Douglas Caus, por sua vez, frisou que para se alcançar uma eficiência maior no combate ao crime a integração e tecnologia devem estar lado a lado. 

“Qualquer sistema de segurança que queira estar na vanguarda tem que unir tecnologia e integração. Damos um passo importante e com certeza vamos qualificar as ações das nossas forças policiais”, comentou.

O delegado-geral da PC, José Darcy Arruda, falou em “união de forças” para resumir a importância da parceria entre Estado e forças federais. 

“Cito um exemplo recente: a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 20 pistolas com um casal que estava trazendo isso para o Espírito Santo, em Minas Gerais. Isso mostra a importância dessa união de forças e o compartilhamento de informações para traçar a rota do tráfico. Esperamos trazer dias de mais paz para o nosso Espírito Santo”, disse.
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