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Veterinários saem de Minas Gerais para ajudar animais atingidos pela enchente no ES

São três veterinários e dois socorristas, que já atenderam mais de 150 animais. Eles também flagraram vários bichos mortos, como três jabutis

Redação Folha Vitória

Foto: GRABH
Jabutis foram encontrados mortos no meio dos destroços em Mimoso. Cão é acolhido pela equipe

No meio de tanta destruição causada pelas chuvas, uma outra face do cenário de devastação: os animais que morreram, desapareceram ou que ficaram abandonados pelas ruas, muitos deles cobertos de lama.

As cenas são flagradas em Mimoso do Sul e, para auxiliar no socorro a esses bichos, um grupo que trabalha com resgate de animais em Minas Gerias se deslocou para o Espírito Santo. 

Uma equipe do Grupo de Resgate Animal de Belo Horizonte (GRABH) chegou a Mimoso no último domingo (24), ainda quando a região estava em colapso e tentando entender a extensão da tragédia.

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Ao todo, são três médicos veterinários e dois bombeiros civis auxiliando no resgate de animais machucados e desaparecidos. Eles já realizaram mais de 150 atendimentos e vivenciaram a triste cena de ver três jabutis, sujos de lama, mortos em um ponto da cidade.

"Chegamos bem no momento do colapso, basicamente chegamos no momento que tinha muita gente para ajudar. Fizemos a logística das doações com as ONGs locais, já fizemos uma triagem para as pessoas que queriam ajudar e estamos a todo momento socorrendo algum animal", disse a médica veterinária, Daniele Cristine de Oliveira Freitas, que conversou com o Folha Vitória entre um atendimento e outro.

A ONG tem como objetivo fazer o atendimento pós-crise e chegou a Mimoso com bote, caiaque, colete salva-vidas para humanos e também para animais. 

A todo momento a equipe se desloca pela cidade para socorrer animais feridos e que estejam em desidratação, por exemplo. Eles também realizam atendimentos médicos, fornecendo alimentos e medicações. 

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Foto: GRABH
Gato e cachorro recebem alimentação

Daniele explica que o número de mortes de animais ainda é impreciso, já que as áreas soterradas foram evacuadas e ainda não podem ser acessadas.

"Nosso trabalho está sendo na distribuição de mantimentos porque ainda existe uma grande dificuldade de locomoção. Estamos fazendo os atendimentos médicos veterinários na casa das pessoas, fornecendo alimentos e medicações para os animais feridos, e prestando uma assistência e consulta de check up para aqueles animais que foram atingidos diretamente e indiretamente pela enchente", disse o coordenador do GRABH, Aldair Pinto. 
A médica veterinária destaca que, até as 21h desta segunda-feira (25), ao todo foram realizados 153 atendimentos.


Atendimentos realizados pela ONG: 

- 112 cães receberam aporte e suporte nutricional básico;
- 29 gatos receberam aporte e suporte nutricional básicos;
- 1 ave recebeu aporte e suporte nutricional básicos; 
- 4 cães receberam desparasitação interna e externa;
- 4 cães receberam atendimento médico veterinário;
- 3 cães foram capturados;
- 11 famílias - suprimento hídrico e alimentício para a população.

A veterinária relatou que ainda não conseguiram encontrar um local fixo para levar os animais resgatados e que estão recebendo apoio. Por enquanto, moradores da cidade que não sofreram tanto com as chuvas estão sendo solidários e cedendo as casas como abrigos temporários. Posteriormente, os possíveis tutores poderam fazer o reconhecimento de seus animais, e retirá-los. 

No momento, a equipe da GRABH está localizada na praça principal da cidade, e também está prestando apoio no atendimento a pessoas feridas de desalojadas. 

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