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Ativistas do Greenpeace ocupam plataforma de petróleo que irá ao Alasca

Redação Folha Vitória

Anchorage - Seis ativistas do Greenpeace que protestam contra a exploração de petróleo no Alasca subiram e ocuparam uma plataforma de perfuração que estava sendo transportada pelo oceano Pacífico até Seattle, onde ela seria preparada para atuar em concessões da empresa Shell em águas do Alasca.

A plataforma, cuja dona é a empresa Polar Pioneer, estava a cerca de 1.200 a nordeste do Havaí quando ativistas, usando botes infláveis, conseguiram subir a bordo do equipamento, disse o porta-voz do grupo conservacionista, Travis Nichols.

Segundo Nichols, o grupo quer estender um banner em protesto contra a exploração de petróleo no oceano Antártico. No entanto, eles não têm planos de interferir com a navegação da plataforma.

A porta-voz da Shell USA, Kelly Op De Weegh, disse por email que os manifestantes invadiram ilegalmente o navio, colocando em perigo suas vidas e da tripulação do navio.

"Nós respeitamos suas opiniões e damos valor ao diálogo", disse Kelly. "Nós não iremos, entretanto, aceitar táticas ilegais usadas pelo Greenpeace. Nem iremos permitir que elas nos distraiam das preparações para executar um projeto de exploração seguro e responsável.

A última vez que a Shell perfurou o oceano Ártico foi em 2012. Na ocasião, um de seus navios perfuradores encalhou perto da Ilha Kodiak, em 2012. A empresa responsável pelo barco, a Noble Drilling, foi processada por violar regras ambientais e de segurança, e recentemente concordou em pagar US$ 12,2 milhões.

Ambientalistas dizem que o ecossistema do Ártico é muito frágil para arriscar um vazamento, e que uma limpeza seria dificultada ou mesmo impossibilitada por causa do clima e do gelo. A infraestrutura necessária para uma operação desse tipo, que envolve bases da guarda-costeira, portos de águas profundas, aeroportos e outros recursos, também não está presente na região.

"Se existe um lugar pior para procurar por petróleo, eu não sei qual é", disse Niel Lawrence, diretor da Natural Resources Defense Council para o Alasca. "Não há nenhuma prova comprovada de se limpar um vazamento na região." Fonte: Associated Press.

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