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China confirma realização de teste com míssil sobre Mar da China Meridional

Redação Folha Vitória

Pequim - O ministério da Defesa da China confirmou nesta quinta-feira a realização de testes com mísseis sobre as disputadas águas do Mar da China Meridional. Um comunicado com apenas três frases publicado na página do ministério respondeu a questão sobre se a China havia disparado um míssil na área.

Na resposta, o ministério afirma que a China sustenta que "pesquisas experimentais tecnológicas conduzidas conforme o planejado dentro das fronteiras da China são normais e não tem como alvo nenhuma nação específica". Reportagens sobre a localização dos testes foram "mera especulação", diz o texto.

O comunicado se segue a uma reportagem feita pelo jornal norte-americano Washington Free Beacon a qual citou oficiais do Pentágono dizendo que a China testou seu míssil de mais longo alcance. A reportagem não dizia onde o teste ocorreu, mas mencionava tensões recentes entre a China e os Estados Unidos quanto às ações de Pequim a respeito das alegações chinesas quanto ao Mar da China Meridional.

Os ministérios de Defesa e Relações Exteriores da China por vezes respondem a reportagens internacionais sobre suas atividades em termos vagos ou abstratos como uma forma de afirmar sua correção sem confirmar nenhum dos fatos contidos nos relatos. No entanto, a reportagem do Free Beacon não foi largamente distribuída pela China, reforçando a impressão de que o ministério tinha a intenção de tornar esse teste público.

O analista militar chinês Ni Lexiong disse que o ministério parece estar procurando fazer propaganda de seu potencial e sua coragem enquanto deixa margem para especulações sobre suas reais intenções. Essa abordagem busca mostrar que a China está "preparada para conflitos, embora não tenha interesse em vê-los se materializando".

Autoridades norte-americanas questionaram as intenções da China. "Os Estados Unidos e o Vietnã compartilham interesse em manter a paz e a estabilidade na região", disse o vice-secretário de Estado Antony Blinken. Ele afirmou que a alta militarização chinesa aumenta a tensão regional e levanta questões sobre as intenções de Pequim. Fonte: Associated Press.

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