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Brasil tem maior índice de depressão da América Latina, alerta OMS

Além do Brasil e dos Estados Unidos, países como a Ucrânia, Austrália e Estônia também registram altos índices de depressão em sua população – 6,3%, 5,9% e 5,9% respectivamente

A depressão é diferente de flutuações habituais de humor e respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana Foto: Reprodução

A Organização Mundial de Saúde (OMS) apresentou como proposta de discussão para o Dia Mundial da Saúde, nesta sexta-feira, uma discussão sobre a depressão.

A organização alerta que 11,5 milhões de brasileiros têm depressão, o que representa 5,8% da população. É o maior índice na América Latina e o 2º maior das Américas, atrás apenas dos EUA e o tratamento da doença começa pela conversa sobre o assunto.

A doença afeta pessoas de todas as idades e estilo de vida causando angústia e interfere na capacidade de o paciente fazer as tarefas mais simples do dia a dia.  

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas que vivem com depressão aumentou  18% entre 2005 e 2015. A estimativa é que, atualmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença em todo o mundo. O órgão alertou ainda que a depressão figura como a principal causa de incapacidade de se trabalhar no planeta.

Falhas no acesso ao tratamento 

A organização também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos para a depressão, menos da metade das pessoas afetadas no mundo, menos de 10% dos casos recebe ajuda médica. As barreiras incluem falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico. 

“O fardo da depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em ascensão em todo o mundo”, concluiu a OMS, ao cobrar uma resposta compreensiva e coordenada para as desordens mentais por parte de todos os países-membros. 

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