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Especialista esclarece dúvidas sobre bactéria que matou adolescente capixaba

Segundo a médica, esse tipo de bactéria é mais comum em ambiente hospitalar, mas todo mundo está sujeito e não dá para saber como ela vai se comportar

Lara faleceu na noite do último domingo (02) Foto: ​Reprodução/Facebook

O caso da estudante Lara Furno, de 14 anos, que morreu após contrair uma superbactéria, comoveu e também assustou muitos capixabas. Chegou a ser cogitada a possibilidade de uma gripe provocada pelo vírus H1N1, mas um dos irmãos da estudante afirmou que a causa foi uma bactéria chamada de Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (MRSA). 

Nesta terça-feira (4) o jornal online Folha Vitória conversou com a pneumologista Jéssica Polese para esclarecer dúvidas a respeito da bactéria. De acordo com a especialista, o fato de terem cogitado uma gripe faz parte de uma característica evolutiva da bactéria. Ela explica ainda que esse tipo de bactéria está presente na pele e se desenvolve em cada pessoa de uma maneira diferente, a partir da imunidade e de vários outros fatores. 

"A bactéria já está na gente e é ela que causa lesão de pele e furúnculo, por exemplo. Em alguns casos ela nem chega a se desenvolver, mas em outros ela entra na corrente sanguínea e o quadro evolui para mais grave. Ela pode se comportar só como uma lesão local, só como pneumonia, que vem depois de uma gripe e melhora com antibióticos ou então evoluir para um estágio mais grave, como foi o caso dessa adolescente", explica. 

Ainda segundo a médica, esse tipo de bactéria é mais comum em ambiente hospitalar, mas todo mundo está sujeito e não dá para saber como ela vai se comportar. "Elas são mais comuns em ambiente hospitalar, mas vi outros casos que já vem da comunidade com elas resistes. Eu posso entrar em contato com a bactéria e ela não desenvolver nada, mas em uma outra pessoa pode ser que ela se desenvolva", afirma.

Prevenção 

A maior maneira de prevenção, segundo a especialista, é mantendo os ambientes bem limpos, lavando as mãos com frequência e sempre evitar o uso indiscriminado de antibióticos, que são responsáveis por tornar a bactéria ainda mais resistente.