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Empregabilidade, salário e poder

"As regras que compõem os salários são tão antigas quanto a humanidade, ou seja, desde o início dos tempos que as pessoas recebem por sua raridade"

Foto: Divulgação


(*)Por Flávio Cavalcante
REGRA 1 - EMPREGABILIDADE: é pela definição do dicionário a “qualidade do que ou de quem é empregável; possibilidade de ser empregado” em outra definição: “é um conceito amplo que não significa apenas ter um emprego e sim a capacidade de ter trabalho e renda sempre”… entretanto nada disso define empregabilidade na prática. O conceito de empregabilidade é a capacidade do profissional de estar empregado, desenvolvendo-se na função organizacional e reduzindo sistematicamente não só o risco da perda do emprego, mas também, em caso de recolocação, o tempo fora do mercado de trabalho. Trocando em miúdos, é a capacidade que você tem de resolver problemas.

Recebo questionamentos sobre como aumentar a empregabilidade dos profissionais e respondo sempre da mesma forma: “Por que um empresário contrataria você?”. E chegamos sempre à mesma resposta: “Para resolver problemas (ou propor soluções).” Então, nada mais simples para aumentar a empregabilidade do que aumentar nossa capacidade de resolver problemas. Afirmo sempre que as pessoas pagam para que resolvamos problemas relativos às suas necessidades, medos, limitações e prazer (nessa ordem).

Assim proponho um mantra: “O problema é meu amigo”, pois só através dele conseguimos evoluir nossa capacidade de resolução, melhoramos nossa empregabilidade e entendemos nossa função empresarial.

Confira o áudio do professor Flávio Cavalcante:

Qual é a nossa real função no mercado?

REGRA 2 – SALÁRIO: não tem nada haver com empregabilidade, pois muitos de nós tem empregos e acham que ganham mal. Sou indagado sistematicamente sobre a relação entre empregabilidade e salário, e respondo da seguinte maneira: ”É como um cachorro quente com molho, dá para ter empregabilidade sem um bom salário, mas não dá para termos um bom salário sem emprego”.

Foto: Divulgação

As regras que compõem os salários são tão antigas quanto a humanidade, ou seja, desde o início dos tempos que as pessoas recebem por sua raridade e não por sua importância. Assim, quando nos indagam como ter um salário imponente, respondemos: “Seja um profissional raro, mas alie isso a empregabilidade, ou seja, resolva muitos problemas, problemas importantes e problemas que ninguém mais resolve”. Desta forma, resolvemos o problema da segunda regra de ouro do mercado: ”Você vale (salário) por sua raridade”.

REGRA 3 – PODER: muitas pessoas confundem poder com status. Mas não se esqueça que são coisas completamente diferentes,  pois o poder sempre traz status, mas nem sempre o status traz poder. Assim, existem muitas pessoas que tomam decisões profissionais pensam emsStatus e não se preocupam com o poder.

O poder emana da capacidade que temos de influenciar pessoas a pensarem como gostaríamos que elas pensassem, de agirem como esperamos, de aceitarem nossas opiniões. Assim um profissional que é capaz de influenciar pessoas se torna mais interessante e poderoso no mercado.

E você, qual é a capacidade de influenciar pessoas que você tem? Sua opinião é sempre solicitada? Você é sempre o último a falar? As pessoas te citam para referendar suas próprias frases? Quando você as pessoas ficam em silencio? As missões complexas são dadas a você? As decisões estratégicas são tomadas sempre com sua presença? Esses são sinais de poder.

Percebo muitos jovens escolhendo profissões pelo status delas, exemplo Medicina e não por vocação ou por rentabilidade. Isso é um erro, bem como profissionais que assumem cargos de gerência e mantem o salário de colaborador. Status não enche barriga e não paga as contas... você não é, mas está.

Opte pelo poder de influenciar silenciosamente o ambiente, quase que de forma subliminar, assim você terá sempre apoio das pessoas que lhe cercam.

Confira a análise do professor Flávio Cavalcante sobre o tema: 

*Flávio Cavalcante e professor, palestrante e autor de obras sobre carreira, mercado de trabalho e planejamento estratégico pessoal.

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