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Equipe do Ministério da Saúde chega ao ES nesta quinta-feira para monitorar surto em creche

Entre as atividades do grupo de trabalho estão a investigação do surto e a elaboração de uma nota técnica com orientações à sociedade

Foto: Folha Vitória

Os técnicos do Ministério da Saúde que virão ao  Espírito Santo para acompanhar o surto de diarreia na creche Praia Baby, na Praia da Costa, em Vila Velha, chegam ao estado na tarde desta quinta-feira  (4). 

Entre as atividades do grupo de trabalho estão a investigação do surto e a elaboração de uma nota técnica com orientações à sociedade, as instituições e aos familiares de crianças da creche. Segundo as secretarias, a nota tem o objetivo de esclarecer as etapas necessárias e imprescindíveis do processo de investigação e de interrupção da transmissão do surto.

Na quarta-feira, técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Vila Velha, da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério da Saúde estiveram reunidos em videoconferência. Segundo as secretarias, foram tratados assuntos relacionados a organização de ações das três instituições tendo em vista a gravidade e o caráter inusitado do evento epidemiológico.

Bactéria
Segundo a professora de microbiologia e pesquisadora do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Estado (Ufes), Liliana Cruz, a contaminação por subtipo de bactéria que causou a morte do pequeno Théo, de dois anos, após o surto de diarreia na creche, pode ter ocorrido por ingestão de carne bovina mal cozida.

A Escherichia Eccoli Enterohemorrágica, que seria comum ao trato intestinal de animais, em especial os bovinos, foi identificado em exames realizados pelo Laboratório Central do Estado, com base em amostras coletadas na água da unidade de ensino e fezes das crianças doentes, que frequentavam o local.

Casos
O surto de diarreia já deixou, pelo menos, 17 pessoas doentes. Entre elas, 11 são crianças, três são professores e outros dois funcionários da escola. Um menino de dois anos, filho de uma educadora, também apresentou os sintomas e teria contraído a doença da mãe.

Na noite desta terça-feira (2), a Secretaria de Saúde de Vila Velha recebeu a notificação de cinco novas suspeitas: duas crianças que estudam na creche e familiares de pessoas ligadas ao estabelecimento. Caso confirmadas, o número de vítimas passa de 17 para 22.

Nas ocorrências mais recentes, sintomas como febre e vômito não se manifestaram. As consequências ao organismo humano causadas pelo subtipo enterohemorrágico, entretanto, são mais graves por causa de uma toxina produzida pela bactéria. O paciente tem anemia, insuficiência renal, convulsão e lesão cerebral. A condição foi, inclusive, causa da morte do menino Théo.

Nesta quarta-feira, uma criança de três anos, que estava internada em um hospital particular, recebeu alta médica e deve deixar o local ainda nesta quarta. As infecções mais graves ocorrem em crianças de dois a cinco anos de idade.

Segundo a família de uma das crianças que seguem internadas, a menina apresentou melhora no quadro de saúde. Os familiares informaram que as plaquetas aumentaram e eles aguardam que o organismo da criança continue reagindo positivamente à dialise.

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