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Capixaba no exterior: 'Não estamos tendo uma vida simples durante a pandemia'

Rodrigo Pimenta e a família residem em Portugal, e fala sobre os desafios enfrentados durante a pandemia do novo coronavírus no país

Foto: Manuel de Almeida / EPA

Desde o inicio do ano, países ao redor do mundo lutam para impedir a disseminação do novo coronavírus entre a população. Na Europa, por exemplo, alguns governos adotaram o isolamento total da população devido ao número elevado de mortos e infectados pela covid-19. 

Em Portugal, país europeu com o maior número de brasileiros residentes, os casos suspeitos chegaram a quase 22 mil nesta quarta-feira (22) e o número de óbitos já ultrapassou a marca de 780. Os dados atualizados são assustadores e já vem preocupando o governo local há algum tempo.

No dia 12 de março, quando o país tinha apenas 78 casos, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa determinou a implementação de medidas de emergenciais que previam desde mobilizações para conscientizar a população até o fechamento total do comércio.

O capixaba Rodrigo Pimenta, que vive no país europeu com a família, lembra que na ocasião, a Itália começava a demonstrar um crescimento desacelerado no número de casos. "Em Portugal, o governo logo tomou algumas medidas para conter o avanço da doença. Atualmente estamos em isolamento total, só podem circular nas ruas quem realmente precisa. Na páscoa, por exemplo, a polícia esteve nas ruas e realizou prisões de quem desrespeitava a medida", explica.  

No país, as aulas passaram a ser virtuais para que fosse possível dar continuidade ao ano letivo. Escolas disponibilizam o conteúdo pela internet, e para anteder a população que não tem acesso a rede, o governo criou um canal público de televisão com vídeo aulas para atender a população.

Pimenta destaca as ações que estão sendo tomadas ao poucos, como a liberação de alguns serviços, para amenizar os efeitos provocados pela pandemia. "Não estamos tendo uma vida simples durante a pandemia. As coisas estão complicadas, mas com uma estrutura para minimizar as dificuldades para a população", disse.

Mesmo com a diminuição da curva de casos do novo coronavírus, os órgãos de saúde temem um possível agravamento futuro, e por isso, o governo optou por manter o isolamento horizontal, quando apenas os serviços básicos podem funcionar. As consequências desta ação gera repercussão na sociedade. 

O capixaba lembra ainda da preocupação com o desemprego no país, que vem crescendo com a pandemia. "Alguns países como Alemanha e Holanda estão seguindo o isolamento vertical, quando alguns serviços são liberados. Com isso, alguns empresário pedem ao governo sobre a liberação de alguns serviços para que a população possa trabalhar".


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