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Caso Henry: empregada relata que menino tomava remédio por 'não dormir direito'

De acordo com relato da ex-funcionária do casal, a criança tomava a droga, cujo nome ainda não foi revelado, três vezes por dia

Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro, obtido na íntegra pela Record TV e pelo R7,  a empregada doméstica de Dr. Jairinho e Monique Medeiros, padrasto e mãe do menino Henry Borel, afirmou que o casal tomava muitos remédios. 

Segundo Leila Rosângela Mattos, a mãe do menino, morto no início de março em um apartamento da Barra da Tijuca, também dava um medicamento para ansiedade e um xarope de maracujá para Henry. Ele morreu no dia 8 de março, ao ser levado do apartamento do casal para um hospital, onde chegou sem vida.

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A ex-funcionária do casal não soube explicar o motivo de tantos medicamentos, mas afirmou que Monique havia explicado que eles "eram dados porque Henry não dormia direito, passava muito tempo acordado". De acordo com relato da empregada, a criança tomava a droga, cujo nome ainda não foi revelado, três vezes por dia. 

No depoimento, Leila afirmou ainda que Henry "chorava o tempo todo" e vomitava de vez em quando, mas não soube informar os motivos dos vômitos. Ela relatou uma passagem em que, diante do choro do garoto, a mãe, Monique Medeiros, falou que ele era "muito mimado" e que, se ele continuasse "chorando à toa", "levaria ele para morar com o pai dele". Henry, segundo a empregada, teria afirmado que não queria morar com o pai.

Em uma das supostas sessões de tortura, o vereador afastado Dr. Jairinho chegou em casa e recebeu um abraço de Henry. Depois, Jairinho levou o garoto para o quarto, onde ficaram trancados por cerca de 10 minutos, para mostrar "algo que havia comprado para viajar".

Depois disso, o menino saiu do cômodo mancando e reclamou de dores no joelho e na cabeça. Tudo isso teria acontecido na ausência da mãe, Monique Medeiros, que estava em um shopping da cidade. 

Leila disse que o comportamento de Henry gerou estranheza, pois foi "a primeira vez que viu ele correr em direção ao colo de Jairinho".  A polícia perguntou a ela se a porta estava aberta quando os dois estavam no cômodo, mas ela disse que não e contou que descobriu que a porta estava fechada quando foi guardar roupas.

Monique Medeiros e Dr. Jairinho foram presos no dia 8 de abril, um mês após a morte do menino Henry. Em uma perícia realizada simultaneamente no apartamento do casal, foram localizadas supostas manchas de sangue em pedaços do papel de parede da sala e do quarto onde a criança dormia. 

Com informações do Portal R7. 

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