Geral

Grande Vitória ficará em risco extremo por mais sete dias

Mesmo que a região seja classificada em risco moderado, regras aplicadas serão as mesmas devido à mudança de metodologia da matriz de risco

Nadine Silva Alves

Redação Folha Vitória
Foto: Polyana Martinelli

Em entrevista ao Fala ES, da TV Vitória / Record TV, na tarde desta quarta-feira (7), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes adiantou que a Grande Vitória seguirá no risco extremo por mais sete dias, mesmo se o Mapa de Risco - que será divulgado na próxima sexta-feira (9) - trouxer alteração na classificação. 

Apesar do mapa ser apresentado a cada sete dias, as classificações para as cidades de risco alto e extremo não serão alteradas pelo período de 14 dias. 

Isso acontece porque, de acordo com Nésio, foi aplicada uma nova metodologia de cálculo do Mapa de Risco, que vincula número de óbitos, casos ativos, testagens e ocupação de leitos hospitalares. 

"Nós atualizamos a metodologia da matriz, e ficou definido que quando um município sair de um risco maior para um menor, ele permanece em risco maior durante 14 dias, ainda que na semana seguinte, pela aplicação da metodologia, ele seja classificado num risco menor", explica.

>> Novo Mapa de Risco entra em vigor nesta segunda; veja as regras para cada região do ES

Mesmo se a Grande Vitoria, que está em risco extremo, cair para o risco moderado nesta sexta, ela ficará mais sete dias obedecendo as regras mais rígidas.  "A Grande Vitória será mantida em mais uma semana no risco extremo porque ela está na primeira semana", ressaltou o secretário. 

Após os 14 dias da classificação para cidades em risco alto e extremo, será atualizada a planilha, e esses municípios poderão ser reclassificados conforme for saindo o resultado dos mapas e então as medidas poderão ser flexibilizadas.  

Confira os pontos da entrevista


Racionamento de remédios nos hospitais

Ele informou que o Governo Estadual solicitou apoio ao Ministério da Saúde e que não faltam insumos na rede pública, porém há racionamento e uso disciplinado. E que, semanalmente, fornecedores passam entregando, em oferta menor, mas regular, os medicamentos necessários. 

"Nós temos uma capacidade muito célere de compras. E nos programamos anteriormente a onda com a regulação robusta para adquirir medicamentos, no entanto apesar dos contratos de compra vigente, os fornecedores e a indústria reduziram a disponibilidade de medicamentos para todo o Brasil. Hoje, a rede privada tem uma dificuldade maior que a rede pública para comprar. Todos os serviços de saúde privado e filantrópicos já trabalham algumas semanas com racionamento, no sentido de disciplina no uso desses medicamentos."

Ajuda do Governo Federal
Nésio Fernandes ressaltou que o Governo Federal precisa acelerar a compra de vacinas, pois é a única solução para a pandemia e para a economia. 

"O governo precisa fazer aquisição rápida de todas as vacinas aprovadas. Mobilizando a comunidade internacional para compreensão que para salvar a economia internacional, precisa salvar a economia no país". 

Vacinação 
Sobre vacinação, o secretário disse que o Brasil tem um sistema ágil e capaz de imunizar toda a população até o final de julho, porém faltam doses. 

"Temos vivido nas últimas semanas, sucessivas frustrações nas quantidades de vacinas anunciadas pelo Ministério da Saúde que seriam distribuídas aos estados e municípios. O Brasil tem uma boa velocidade de vacinação por parte dos municípios, o país pode vacinar até 2 milhões de doses por dia", finalizou ele. 

Aulas presenciais nas escolas

Sobre as escolas, Nésio Fernandes destacou que as escolas devem seguir as medidas de abertura de acordo com o mapa de risco. Atividades presenciais apenas em municípios em risco baixo e moderado. 

"Fomos um dos poucos Estados que ao longo do ano passado decidiram encarar essa polêmica, considerou a Educação um serviço essencial e apostou em protocolos que reduzissem a transmissão do vírus nas escolas. Após as mortes, considero que o fechamento das escolas foi uma das maiores violências que a pandemia provocou. Sempre que possível, as atividades da Educação precisam ser preservadas. Por isso, na nossa matriz de risco, em cidades em risco baixo e moderado, as atividades educacionais estão liberadas para serem feitas presencialmente. No entanto, no risco alto e no extremo, que é aplicado a 3/4 da população do Estado, não é adequado atividades presenciais, somente à distância. Com a mudança da classificação de risco alto para moderado, as atividades presenciais das escolas irão retornar gradualmente", frisou.




Pontos moeda