Geral

Amigos e familiares vão às ruas pedir justiça pela morte de modelo após acidente em Camburi

O ato, marcado para às 18h, acontecerá nesta terça-feira (18), no mesmo local do acidente, em frente ao Clube dos Oficiais

Foto: Vinícius Vasconcelos | Instagram

Amigos e familiares da modelo Luisa Lopes, de 24 anos, vão às ruas na próxima terça-feira (19), pedir justiça pela jovem, que morreu após ser atropelada na noite da última sexta-feira (15), na Avenida Dante Michelini, em Vitória. 

O ato, marcado para às 18h, acontecerá no mesmo local do acidente, em frente ao Clube dos Oficiais, na Capital. Nas redes sociais, o Diretório Central dos Estudantes da Ufes destaca que será um grande protesto, político, cultural e pela vida.

"Não podemos nos calar frente a esse absurdo. Uma vida não vale 3 mil reais, ou qualquer dinheiro. Perdemos uma jovem, mulher, negra, universitária de 24 anos e queremos JUSTIÇA", diz a legenda da publicação. 

A corretora de imóveis Adriana Felisberto Pereira, de 33 anos, apontada como a motorista que atropelou Luísa, se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas os policiais notaram que a mulher apresentava sinais de embriaguez. 

Leia também: "Tinha toda a carreira pela frente", diz pai de ciclista morta atropelada em Camburi, em Vitória

Ela teve a liberdade provisória, mediante pagamento de fiança, concedida pela Justiça na tarde de sábado (16).

Foto: Reprodução

O juiz José Leão Ferreira Souto arbitrou fiança no valor de R$ 3 mil. Assim que o valor for pago, a corretora poderá deixar a prisão.

O magistrado entendeu que a liberdade de Adriana "não oferece risco à ordem econômica, à ordem pública, à instrução criminal ou à aplicação da lei penal, considerando que possui residência fixa e ocupação lícita, bem como é primária".

A Justiça também elencou uma série de medidas cautelares que deverão ser cumpridas pela corretora. São elas:

a) proibição de sair da Grande Vitória sem prévia autorização do Juiz natural da causa;
b) comparecimento a todos os atos do processo, devendo manter endereço atualizado;
c) proibição de frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados;
d) recolhimento domiciliar de 20h às 6h;
e) comparecer em até 5 dias úteis a contar desta data ao juízo ao qual o presente APF será distribuído, com cópia de comprovante de residência, RG, CPF, CTPS e título de eleitor.

O juiz ainda relata no termo de audiência de custódia que, conforme consta no Auto de Prisão em Flagrante Delito (APFD), policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de trânsito com suposta vítima fatal no bairro Jardim da Penha. 

No local, teriam recebido informações de que a vítima, na condução de uma bicicleta preta, teria sido atropelada por outro veículo e arremessada contra o automóvel da autuada, que na oportunidade teria sido detida por supostamente conduzir veículo automotor sob influência de álcool. 

No documento, ainda há a informação de que a corretora teria se recusado a realizar o teste do etilômetro.

Adriana foi autuada pelo crime previsto no Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz respeito a conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.

A pena pode variar de seis meses a três anos de detenção, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Ainda segundo o que consta no documento, a corretora não foi autuado pelo crime de homicídio.

Leia também: Em vídeo gravado momentos depois de acidente em Camburi, motorista nega ter bebido: "Tomei só água"

Defesa afirma que outro carro causou o acidente

O advogado da corretora, Jamilson Monteiro Santos, disse que irá provar que outro veículo foi o responsável pelo atropelamento.

"Tanto que na audiência de custódia, esse fato foi levado em conta pelo juiz a partir de relatos de policiais que atenderam a ocorrência e ela não foi autuada por homicídio".

Segundo Santos, Adriana pagou fiança, estipulada em R$ 3 mil, e deixou a Penitenciária Feminina de Cariacica, na noite de sábado.

"Ela está em casa, com a família e está extremamente abalada. Ainda não está em condições de falar e dar entrevistas sobre o que aconteceu pois ela não tem certeza de detalhes do que ocorreu", informou.

O advogado não quis comentar se a corretora de imóveis admitiu que havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente. Na noite do atropelamento, ela se recusou a fazer o teste do bafômetro sendo conduzida para a Delegacia Regional de Vitória para prestar depoimento.

Foto: Alice Mourão | TV Vitória

De acordo com relatos de quem presenciou o acidente, a motorista e uma passageira aparentavam estar embriagadas, pois apresentavam dificuldades para falar e sussurravam palavras sem sentido.

Adriana foi autuada pelo crime previsto no Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que diz respeito a conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.

A pena pode variar de seis meses a três anos de detenção, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Ainda segundo o que consta no documento, a corretora não foi autuado pelo crime de homicídio.

Leia também: Atropelamento em Camburi: defesa de motorista irá enfatizar que outro veículo teria atingido a ciclista

Pontos moeda