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China alerta que vigia espaço aéreo e marítimo após aproximação de avião dos EUA

Redação Folha Vitória

Pequim - A China disse nesta quinta-feira que tem o direito de vigiar o espaço aéreo e áreas marítimas ao redor das ilhas artificiais que foram criadas nas disputadas águas do Mar do Sul da China, após a marinha do país ter alertado que um avião dos Estados Unidos estava vigiando a região.

A equipe de reportagem da CNN relatou que testemunhou um incidente ontem, em que uma autoridade da marinha chinesa exigiu oito vezes que os aviões de vigilância da Força Aérea dos EUA deixassem a área após ter sobrevoado a área onde a China tem realizado um extenso trabalho de recuperação de terras. Segundo a equipe, a tripulação dos EUA respondeu dizendo que eles estavam voando no espaço aéreo internacional. E em seguida, o funcionário chinês respondeu: "Esta é a marinha chinesa. Vão embora".

Segundo a CNN, os Estados Unidos querem aumentar a conscientização sobre o projeto de construção das ilhas da China.

O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hong Lei, insistiu que Pequim possui uma soberania indiscutível sobre as ilhas que foram criadas.

Ao dizer que não tinha informações sobre os relatos da marinha, Hong disse que a China tem o "direito de vigiar as áreas do espaço aéreo e marítimo relacionados, de modo a manter a segurança nacional e evitar qualquer acidentes marítimos".

"Esperamos que os países relevantes respeitem a soberania da China sobre o Mar do Sul da China, abandonando ações que podem intensificar controvérsias e desempenhar um construtivo

papel para a paz e a estabilidade regional", disse Hong.

A construção das ilhas chinesas intensificou os atritos pela disputa de áreas do Mar do Sul da China, que Pequim afirma ter o controle total. A área faz parte de uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo e é reivindicada em parte ou em sua totalidade pelas Filipinas, Taiwan, Brunei, Malásia e Vietnã.

Os EUA e a maioria dos 10 países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático

querem a suspensão dos projetos, que eles suspeitam que com a construção das ilhas e de outras terras, a China possa reivindicar a soberania do controle e criar bases militares.

Os EUA dizem que não tomam nenhuma posição sobre as reivindicações de soberania, mas insistem que as áreas devem ser negociadas. Além disso, Washington diz também que garantir a segurança marítima é uma prioridade para a segurança nacional dos EUA. Fonte: Associated Press.

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