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Funcionários da Samarco voltam a protestar contra possíveis demissões em Anchieta

De acordo com Sindimetal – ES, foi realizada uma assembleia entre sindicato e funcionários para discutir a possível demissão de 1.200 pessoas da mineradora

O sindicato informou que 600 funcionários participaram da manifestação na Rodovia do Sol, em Anchieta Foto: Divulgação

Os funcionários da mineradora Samarco voltaram a protestar na manhã desta terça-feira (24), em Anchieta. Cerca de 600 funcionários interditaram a Rodovia do Sol, também no município, contra a possível demissão de 40% dos trabalhadores. 

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do Espírito Santo (Sindimetal – ES), foi realizada uma assembleia entre sindicato e funcionários para discutir o assunto. “A Samarco já falou que vai mandar 40% embora em Ubu, Mariana e Belo Horizonte. Nós não sabemos o número exato de demissões em cada local. Fizemos uma assembleia e, logo em seguida, realizamos um manifesto na Rodovia do Sol, em Anchieta. Amanhã está previsto ainda um novo protesto, mas na Praça do Papa, em Vitória”, disse o diretor regional do Sindimetal, Sérgio Guerra.

Ainda de acordo com a diretoria do sindicato, as demissões estão previstas para o dia 1º de julho, logo após o término do período de layoff,  que acontece no dia 25 de junho. Se a demissão for inevitável, o Sindimetal informou que pretende recorrer à implantação do Plano de Demissão Voluntária.

Por meio de nota, a Samarco disse que vem mantendo constante diálogo com os Sindicatos para alinhamento sobre a indefinição da retomada das operações da empresa e a situação dos empregados.

A mineradora contou que nos últimos messes tem realizado estudos para avaliar possibilidades de retorno das atividades, o que tem sido devidamente acompanhado pelos órgãos competentes. No momento, os estudos indicam que, quando as operações forem retomadas, a Samarco irá operar com apenas 60% de sua capacidade, o que torna fundamental que a empresa adeque sua estrutura a essa nova realidade.

Veja a nota na íntegra:

"Desde o acidente com a barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015, a Samarco vem mantendo constante diálogo com os Sindicatos para alinhamento sobre a indefinição da retomada das operações da empresa e a situação dos empregados.

Em linha com essa atuação, a convite dos Sindicatos, a Samarco se reuniu no dia 19 de maio, em Belo Horizonte, com o Metabase (Minas Gerais) e o Sindimetal (Espírito Santo) para iniciar a discussão sobre o término do layoff, previsto para o dia 25 de junho. 

Nos últimos meses, a Samarco tem realizado estudos para avaliar possibilidades de retorno das suas atividades, o que tem sido devidamente acompanhado pelos órgãos competentes. No momento, os estudos indicam que, quando as operações forem retomadas, a Samarco irá operar com apenas 60% de sua capacidade, o que torna fundamental que a empresa adeque sua estrutura a essa nova realidade.

Na reunião com os Sindicatos, o contexto das operações foi abordado, assim como o término do 2º período do layoff e a consequente necessidade de redução do quadro próprio de empregados.  

Esta medida, extremamente difícil, porém necessária, está sendo considerada após inúmeros esforços feitos pela empresa para manter os empregos diretos de suas unidades e escritórios.

Quais sejam:

- Concessão de licença remunerada (de 10/11/15 a 29/11/15);

- Adoção de férias coletivas (de 30/11/15 a 29/12/15);

- 2ª período de licença remunerada (de 4/1/16 a 10/1/16);

- 1ª período do layoff (de 25/1/16 a 25/4/16);

- 2ª período do layoff (de 25/4/16 a 25/6/16). 

A Samarco informa que ainda não existe uma definição sobre o formato de redução que será adotado pela empresa. Na reunião, os Sindicatos apresentaram uma proposta de Programa de Demissões Voluntárias, que será estudada pela empresa".

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