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Paquistão: família de homem morto em ataque dos EUA busca compensação na Justiça

Redação Folha Vitória

Quetta, Paquistão - A família de um motorista que foi morto juntamente com o chefe do Taliban, mulá Akhtar Mansour, em um ataque com drones dos Estados Unidos no Paquistão, entrou com um processo contra autoridades norte-americanas com acusações de homicídio, disse a polícia neste domingo.

Mansour tinha entrado no Paquistão vindo do Irã usando um nome falso e documentos de identidade paquistaneses falsos em 21 de maio, quando seu carro foi alvo de um drone dos EUA. O motorista, que também foi morto no ataque, foi mais tarde identificado como Mohammed Azam. A polícia abriu um processo em nome da família de Azam, disse o oficial de polícia Abdul Wakil Mengal. Não ficou imediatamente claro que vias legais a família pode realisticamente buscar.

Nos documentos do caso, o irmão de Azam, Mohammed Asim, descreve o motorista como um "homem inocente" e pai de quatro filhos, que era único trabalhador da família. "Eu quero justiça", afirmou Asim, de acordo com o processo. "Em nossa opinião, tanto os (funcionários) que ordenaram quanto aqueles que executaram o ataque com drones são responsáveis por (matar) um homem que não tinha nada a ver com o terrorismo, que era um não-combatente", disse o tio de Azam, Allah Nazar, à Associated Press. Nazar disse que a morte de seu sobrinho provocou uma ruptura na família. Ele disse que, além de cuidar de seus filhos, Azam apoiava um irmão deficiente e sua mãe, que é cega. "Eu tenho uma pergunta simples a fazer às autoridades norte-americanas, que é: como essa família vai sobreviver?", disse Nazar.

Ele afirmou ainda que a família está buscando uma compensação financeira das autoridades norte-americanas e paquistanesas para apoiar a família de Azam e financiar a educação de seus filhos. Fonte: Associated Press.